quarta-feira, 9 de abril de 2008
CRUde
Joana Machado – CRUde Contínuo
2 de Março de 2007 – 22.00h
Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra)
Auditório Acácio Barreiros
CMS – Sintra Quorum ***,5
Que me perdoem os artistas, mas antes vou falar da sala… Foi a minha estreia no pequeno auditório do Olga Cadaval e tenho que dar os parabéns à CMS e à Sintra Quórum (gestora do espaço): se o grande auditório (denominado Jorge Sampaio) é um belo espaço acolhedor e de excelente acústica este pequeno auditório (baptizado Acácio Barreiros em homenagem ao já falecido deputado da UDP e do PS, que foi igualmente presidente da Assembleia Municipal de Sintra) não lhe fica nada atrás. Construído de raiz (ao contrário do principal, que foi adaptado a partir do cine-teatro existente) é moderno, muito belo e acolhedor e acusticamente irrepreensível. Como munícipe sinto-me privilegiado por poder gozar de equipamento cultural desta qualidade, ainda para mais gerido de forma exemplar pela Sintra Quórum. Estamos de parabéns os sintrenses com este bom exemplo, que bem podia ser copiado por outros…
Fechado este parênteses vou falar dos músicos. Joana Machado é uma jovem madeirense de voz cristalina e bem trabalhada que mostrou amar a música, e o jazz em particular, em sucessivas e originais interpretações de standards norte-americanos e brasileiros (de Tom Jobim) bem como alguns originais de Afonso Pais, o guitarrista (por sinal excelente) e director musical do projecto. Não lhe falta talento nem originalidade, somente alguma experiência que a ajude a encontrar exactamente o estilo mais adequado à sua voz e presença em palco. Embora tecnicamente irrepreensível, faltou uma personalidade marcante que arrebatasse o público. O projecto viveu assim sobretudo do talento musical de Afonso Pais, esse sim com momentos arrebatadores na guitarra. No entanto a Joana tem tudo para brilhar, falta-lhe apenas dar o salto no vazio e… voar. As asas estão lá à vista de todos! Bem estiveram também os restantes músicos: o inevitável Bernando Moreira no contrabaixo, presença segura e personalizada (ainda há uma semana esteve perfeito a acompanhar Cristina Branco); e Bruno Pedroso na bateria mostrou talento e integração perfeita com os restantes músicos. Em suma, um nome a reter que ainda vai dar que falar num futuro não muito distante…
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