quinta-feira, 10 de abril de 2008

Jam Session


Combo da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas do HCP/ Jam Session
6 de Fevereiro de 2008 – 23.00h
Hot Club de Portugal – Lisboa
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Uma noite diferente esta no Hot, dividida em duas partes completamente distintas. Na primeira tivemos ocasião de assistir à apresentação de estreia de um Combo, constituído por alunos da escola de jazz Luiz Villas-Boas do Hot Club de Portugal, da responsabilidade do professor Bruno Santos, composto por Margarida Campelo no piano, Nuno Rocha na guitarra, Sara Belo na bateria e Francisco Santos no baixo (como convidado especial). Trata-se de alunos do terceiro ano da escola do Hot, pelo que é perfeitamente compreensível, quer o nervosismo exibido, quer algumas falhas. No entanto, a mais emblemática escola de jazz do país está bem viva e mostrou-se em forma nesta exibição, demonstrando que a continuidade do bom trabalho desenvolvido pela instituição e pelos seus professores, designadamente Bruno Santos, está assegurada. Com excelentes referências de todos, o destaque maior vai sem dúvida para Francisco Santos, no baixo eléctrico, mais experiente e seguro do seu papel, que os restantes.
Na segunda parte tivemos ocasião de assistir à nossa primeira Jam Session no Hot e, só por isso, valia a pena a deslocação à Praça da Alegria! Em ambiente descontraído (como convém) subiram ao palco Afonso Pais na guitarra, Diogo Moreira na bateria, Desidério Lázaro no sax e João Hasselberg no contrabaixo, aos quais se juntou, pouco depois, Júlio Resende no piano. As circunstâncias improvisadas tiveram duas consequências notórias: a dificuldade na escolha de um reportório comum, que assim incidiu sobretudo em standards de grandes músicos norte-americanos, e a total desenvoltura que todos os músicos evidenciaram no tratamento dos temas, prolongando-se em longos solos, em que cada um deles, à sua maneira, explorou de forma brilhante as reconhecidas capacidades de improvisação. Foi por isso um espectáculo diferente e inesquecível, sobretudo para aqueles que, como eu, apreciam a técnica de improvisação jazzística, aqui tratada de forma exemplar por este quinteto completamente informal.

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