quinta-feira, 10 de abril de 2008

Sofia Vitória


Júlio Resende Trio & Sofia Vitória
17 de Novembro de 2007 – 23.30h
Ondajazz – Lisboa
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Depois de, nesta mesma sala, ter apreciado a actuação do Trio de Júlio Resende acompanhando Elisa Rodrigues, chegou a vez de o ouvir na companhia da simpática Sofia Vitória (da Operação Triunfo 2), agora mais segura e madura no papel de cantora de jazz, que assumiu por completo.
No trio notou-se a presença de João Custódio no contrabaixo (e não de Mário Franco que, ao que parece excepcionalmente acompanhou Elisa Rodrigues) e de João Rijo na bateria. A mudança de contrabaixista não mudou muito o som do grupo, desde logo porque João Custódio se mostrou muito confiante, perfeitamente integrado, e disputando mesmo o protagonismo musical da noite a Júlio Resende e Sofia Vitória, com um fraseado musical fluído e atraente, que não deixou o público indiferente. Júlio Resende esteve excelente como é habitual, um pianista de talento, muito versátil (encantou no blues) e com um trabalho notável nos arranjos para este espectáculo de Sofia Vitória. João Rijo esteve também como habituou, discreto mas seguro, muito bem integrado na dinâmica do grupo e do espectáculo.
Falta falar da cantora, a jovem e bonita Sofia Vitória, que impressionou pela evolução que já demonstra desde os seus tempos televisivos da OT 2 e da Eurovisão. Muito segura na voz, desenvolvendo mesmo um estilo próprio de interpretação, muito versátil, cantou desde standards norte-americanos a temas portugueses (Tenho um Primo Convexo e Um Homem na Cidade), passando pelo blues (muito boa a versão de God Bless The Child, que repetiram no encore) e pelos clássicos brasileiros (o melhor foi sem dúvida Beatriz, que fechou o espectáculo, antes do encore, e no qual Sofia mostrou todo o seu talento e sensibilidade musical), muito à vontade no palco e muito bem integrada com os músicos.
Falta talvez começar a desenvolver um reportório próprio com vista à edição de um disco. Algum do material mostrado tem indiscutivelmente qualidade para tal, mas gostaria mais de os ver apostar em reportório nacional e porque não, nalguns originais? Mas estão seguramente no bom caminho…

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