Carlos Barreto Lokomotiv
Recreios da Amadora 17/08/2006
***,5
Ao lado dos maus exemplos também aparecem bons. Para comemorar o 27º Aniversário da cidade da Amadora a Câmara Municipal organizou vários espectáculos gratuitos, entre eles este concerto com o agrupamento Lokomotiv, reunindo Carlos Barreto no baixo, Mário Delgado na guitarra e José Salgueiro na bateria, aos quais se juntou (ainda como convidado mas com lugar reservado no grupo) o jovem trompetista João Moreira. A sala estava praticamente cheia e mostrou-se perfeita na visibilidade e acústica. Os músicos estiveram em muito bom plano. Carlos Barreto abriu com um soberbo solo mostrando um profundo conhecimento do seu instrumento levando-o a sonoridades experimentais de grande profundidade e virtuosismo (usando o arco e as potencialidades das novas tecnologias aplicadas à música). Transformou o baixo simultaneamente em instrumento de corda e de percussão. Mário Delgado esteve exuberante. Um virtuoso da guitarra, claro discípulo de Scofield, com um estilo contudo muito próprio e algo controverso (a sua constante experimentação no uso e abuso dos efeitos especiais, torna a sua música por vezes difícil, ou mesmo impossível…). Também José Salgueiro esteve em excelente nível, mostrando uma perfeita adaptação aos seus colegas e um inegável virtuosismo nalguns solos memoráveis. Um espectáculo de grande qualidade a mostrar que temos excelentes músicos de jazz em Portugal e que as Câmaras podem ter um papel muito interessante na divulgação da boa música que por cá se vai fazendo.
Recreios da Amadora 17/08/2006
***,5
Ao lado dos maus exemplos também aparecem bons. Para comemorar o 27º Aniversário da cidade da Amadora a Câmara Municipal organizou vários espectáculos gratuitos, entre eles este concerto com o agrupamento Lokomotiv, reunindo Carlos Barreto no baixo, Mário Delgado na guitarra e José Salgueiro na bateria, aos quais se juntou (ainda como convidado mas com lugar reservado no grupo) o jovem trompetista João Moreira. A sala estava praticamente cheia e mostrou-se perfeita na visibilidade e acústica. Os músicos estiveram em muito bom plano. Carlos Barreto abriu com um soberbo solo mostrando um profundo conhecimento do seu instrumento levando-o a sonoridades experimentais de grande profundidade e virtuosismo (usando o arco e as potencialidades das novas tecnologias aplicadas à música). Transformou o baixo simultaneamente em instrumento de corda e de percussão. Mário Delgado esteve exuberante. Um virtuoso da guitarra, claro discípulo de Scofield, com um estilo contudo muito próprio e algo controverso (a sua constante experimentação no uso e abuso dos efeitos especiais, torna a sua música por vezes difícil, ou mesmo impossível…). Também José Salgueiro esteve em excelente nível, mostrando uma perfeita adaptação aos seus colegas e um inegável virtuosismo nalguns solos memoráveis. Um espectáculo de grande qualidade a mostrar que temos excelentes músicos de jazz em Portugal e que as Câmaras podem ter um papel muito interessante na divulgação da boa música que por cá se vai fazendo.
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