segunda-feira, 13 de julho de 2009

CCB Fora de Si


CCB Fora de Si
Julho e Agosto de 2009
Centro Cultural de Belém (Lisboa)

Este Verão o CCB convida a desfrutar os seus magníficos espaços ao ar livre: as praças, as esplanadas e os jardins virados para o Tejo.
Nas noites quentes de Verão a oferta passa pela descoberta de expressões artísticas remotas, que devolvem a Lisboa a dimensão cosmopolita e aberta a todos os povos e culturas do mundo.


16 de Julho
LA Jumping Pulgas
Cafetaria Quadrante, 22.00h
Entrada livre

Lars Arens tem um longo percurso de colaborações com figuras tão representativas da imensa variedade do jazz como John Taylor, Mike Richmond e Vince Mendoza. Radicado em Portugal desde 2001, fundou com o igualmente alemão Johannes Krieger a Tora Tora Big Band, dedicada a um groove jazz dançável. Mário Delgado é um dos mais notáveis guitarristas nacionais, ligando a linguagem do jazz à influência de Jimi Hendrix, Bruno Pedroso revela a sua versatilidade criativa na bateria e, por sua vez, André Carvalho é ainda um nome pouco conhecido do jazz em Portugal por ter estudado em Berlim, mas decididamente surpreenderá no contrabaixo. Com tais músicos, tudo é possível.

18 e 19 de Julho
Clube de Jazz – com Zé Soares e Maria Morbey
Fábrica das Artes, 15.30h e 11.30h

20 a 24 de Julho
Workshop de Jazz – com Zé Soares e Maria Morbey
Jardim das Oliveiras, Espaço CCB e Fábrica das Artes
10.00h às 13.00h ou 15.00h às 18.00h


20, 21 e 22 de Julho
Jam Session
Cafetaria Quadrante, 22.00h
Entrada livre

Nas Jam Sessions, os participantes da LJSS, tanto do Curso de Verão como do Férias com Jazz, vão ter a oportunidade de tocar com os colegas e com os formadores de ambos os cursos. Estas Jam Sessions são também abertas ao público em geral.


23 de Julho
LAMA
Cafetaria Quadrante, 22.00h
Entrada livre

Sedeado em Roterdão, na Holanda, mas composto por dois portugueses e um canadiano que aí completam estudos musicais, o trio LAMA toca um jazz electroacústico que ignora ostensivamente as linhas de separação entre mainstream e vanguarda. Aos instrumentos acústicos dos seus elementos associa-se a electrónica digital, num misto de improvisação e sound-scaping que resulta fresco, singular e desafiante.

SUSANA SANTOS SILVA trompete
GONÇALO ALMEIDA contrabaixo
GREG SMITH bateria e electrónica

24 de Julho
Café Concerto – com Zé Soares, Maria Morbey e convidados
Jardim das Oliveiras, 21.00h
Entrada livre

24 de Julho
Jam Session
Cafetaria Quadrante, 22.00h
Entrada livre

25 e 26 de Julho
Clube de Jazz – com Zé Soares e Maria Morbey
Fábrica das Artes, 15.30h e 11.30h


30 de Julho
José Menezes Quarteto
Cafetaria Quadrante, 22.00h
Entrada livre

Sem tempos mortos, mas com sentido de pormenor e nuance e uma saudável noção de espaço, o jazz do José Menezes Quarteto é intenso, agitado, senão mesmo marcado pela irrequietude, e definido pelas suas estratégias de comunicabilidade, capaz de mover e entusiasmar o público. Melhor secção rítmica não podia haver do que a formada por Barretto e Salgueiro e a dupla de sopros constituída por Menezes e Marques é eloquente, afirmativa, por vezes até pujante, em constante diálogo e desafio. Um prazer para os ouvidos, mas também para os olhos.

JOSÉ MENEZES saxofone tenor, clarinete baixo
GONÇALO MARQUES trompete
CARLOS BARRETTO contrabaixo
JOSÉ SALGUEIRO bateria


1 de Agosto
Susheela Raman
Praça do Museu, 22.00h
Entrada livre

Inglesa de origem indiana que passou parte da juventude na Austrália, reúne na sua música os vários continentes que formam a sua identidade. Detentora de uma extraordinária voz é reconhecida pelas suas performances intensas e únicas. Susheela traz ao CCB uma sonoridade única que reúne a inevitável influência da música tradicional indiana com os ritmos folk, jazz, pop e rock. Surpreendente!

Susheela Raman - Maya



2 de Agosto
F/F – Hajime Fujita & Nobuyasu Furuya
Dança e Música Improvisada
Cubo de Vidro, 16.30h
Entrada livre

Qual é a função da arquitectura urbana? De que forma afecta o nosso dia-a-dia?
O projecto f/f é uma sessão improvisada de música e dança que pretende estimular o nosso olhar sobre a cidade e criar uma observação renovada dos espaços a que estamos habituados e que perderam por isso a capacidade de captar a nossa atenção.
O coreógrafo e bailarino japonês Hajime Fujita, actualmente a residir em Portugal, encontrou no Centro Cultural de Belém o espaço ideal para apresentar um projecto que procura pensar a dança e a arquitectura com a ajuda da música de Nobuyasu Furuya.


Durante este fim-de-semana, o CCB Fora de Si oferece-lhe um vislumbre sobre a fascinante cultura da Índia. Venha saborear o chá e as especiarias deste país rico em tradição e rituais. Conheça histórias de deuses e deusas hindus e descubra alguns dos segredos musicais do sitar. Por fim, ao cair do dia, deixe-se levar pela Bharata Natyam, a dança sagrada do sul da Índia, numa oficina que terminará com uma demonstração no Jardim das Oliveiras.

1 e 2 de Agosto
Música Indiana – com Paulo Sousa e Makarand Tulankar
Jardim das Oliveiras, 15.30h
Entrada livre

1 e 2 de Agosto
Bharata Natyam
Oficina de Dança
Fábrica das Artes, 16.00h
Entrada Livre

1 e 2 de Agosto
Bharata Natyam
Demonstração de Dança – com Tarikavalli e Makarand Tulankar
Jardim das Oliveiras, 18.00h
Entrada livre

Abhinaya in Bharata Natyam



6 de Agosto
Kris Davis Solo Piano
Cafetaria Quadrante, 22.00h
Entrada livre

Que o jazz de Nova Iorque está em ebulição já sabia quem atenta no que por lá se passa, mas se quisermos falar de autênticas surpresas aí a acontecer por estes dias temos de referir um nome em especial: Kris Davis. 2008 foi o ano da consagração desta pianista, compositora e improvisadora nascida no Canadá, devido ao lançamento de dois discos magistrais, ambos editados na Península Ibérica: Rye Eclipse (pela editora espanhola Fresh Sound New Talent) e Fiction Avalanche (pela portuguesa Clean Feed). A generalidade da crítica internacional não tem sido contida no elogio ao refrescamento desta área musical trazido pelo surgimento em cena desta extraordinária performer, falando-se muito em especial do seu “espírito de aventura”.


8 de Agosto
Ama, Yungchen Lhamo
Praça do Museu, 22.00h
Entrada livre

Após mais de uma década de surpreendentes performances, aclamação internacional e colaboração com os músicos Sheryl Crow, Michael Stipe ou Annie Lennox, Yungchen Lhamo tornou-se para muitos a voz do Tibete. Nasceu em Lhasa, mas aos 23 anos fugiu da opressão chinesa atravessando os Himalaias e estabelecendo-se na Índia. Foi na Índia que iniciou a sua carreira musical, recordando as canções tradicionais que aprendera com a mãe e avó. Hoje, reside em Nova Iorque e a sua música reflecte a confluência da pureza e autenticidade da tradição tibetana e da contemporaneidade das sonoridades urbanas do melting pot nova-iorquino.

Yungchen Lhamo - Happiness



13 de Agosto
Andrea Wolper com Ken Filiano e Kris Davis
Cafetaria Quadrante, 22.00h
Entrada livre

Mesmo com um repertório de standards a que junta temas pouco utilizados dos grandes compositores do jazz, Andrea Wolper é uma cantora que se destaca com naturalidade entre as dezenas que nos últimos anos têm conquistado os palcos e os hits das vendas discográficas. Pode não ser muito conhecida internacionalmente, mas tal deve-se apenas ao facto de não vergar a qualidade das suas prestações a critérios comerciais e de agrado fácil. Os músicos que a acompanham neste trio denotam bem a seriedade dos seus investimentos: Kris Davis, a nova coqueluche do piano na cena nova-iorquina, e Ken Filiano, um dos gigantes do contrabaixo na actualidade.

ANDREA WOLPER voz
KEN FILIANO contrabaixo
KRIS DAVIS piano


14 de Agosto
Catarina dos Santos, no Balanço do Mar
Praça do Museu, 22.00h
Entrada livre

A portuguesa Catarina dos Santos nasceu para a música com o jazz, em Nova Iorque, aprendendo com os grandes mestres e tocando pelos bares da cidade. Mas a música africana e brasileira estava na sua alma e o português, para ela, não tem apenas um sotaque. A sua música, mesmo recebendo influências do jazz no sentido da harmonia e da improvisação, usa ritmos de Portugal, Brasil e Cabo Verde,
cantada em português de sons vários e em crioulo.


15 de Agosto
Tora Tora Big Band
Praça do Museu, 22.10h
Entrada livre

Em 2001, a cidade de Lisboa serviu de inspiração à formação da Tora Tora Big Band, uma orquestra de jazz que reúne músicos de múltiplas nacionalidades, num poderoso naipe de metais e uma secção rítmica estrondosa. Através de um repertório que cruza o jazz e a world music, a aposta desta vibrante formação passa pela renovação do velho conceito das antigas big bands que tocavam música para dançar, apresentado desta vez com elementos e tendências sonoras bem recentes, como afro, latin, funk, arabic, trance, reggae e drum’n bass.

Trompetes Miguel Gonçalves | Johannes Krieger
Saxofones Zé Maria
Trombones Lars Arens | Luís Cunha
Baixo Francesco Valente
Teclados Filipe Raposo
Percussão Hugo Menezes
Bateria Davide Rodrigues

Tora Tora Big Band no Pleno Out Jazz em 2008



16 de Agosto
Groove 4tet
Praça do Museu, 22.00h
Entrada livre

O Groove 4tet, formado em 2006, surgiu da necessidade que quatro músicos e amigos tinham de criar algum espaço sonoro onde pudessem expor as suas influências e ambições musicais e encontrar o equilíbrio para as suas diferentes raízes, sonoridades e direcções. Partiram do gosto comum pela música soul, blues, funk e jazz, que aliaram à vontade de trazer de novo a dança aos clubes de jazz. O repertório explora temas de artistas precursores neste género, como John Scofield, Joshua Redman, Soulive, Stevie Wonder, Herbie Hancock, entre outros, mas assenta acima de tudo em temas originais deste jovem quarteto.

Fred Martinho guitarra
Pedro Pinto contrabaixo
Joca bateria
Daniel Lima teclados

Convidados
Dj Nery pratos
Zé Maria saxofone

Groove 4tet



20 de Agosto
Noah Preminger Quartet
Cafetaria Quadrante, 22.00h
Entrada livre

Rodeado de músicos já bem rodados, como Russ Johnson, Ben Monder, Frank Kimbrough, John Hebert e Ted Poor, nesse disco de estreia Noah Preminger, com apenas 22 anos, apresentou uma voz muito pessoal, com matriz no pós-bop e sem medo de entrar por terrenos de maior liberdade improvisacional.
Nesta sua primeira vinda a Portugal junta-se a André Matos, amigo e cúmplice em associações que certamente darão que falar no futuro, e a dois emigrantes do jazz que encontraram em Portugal o seu segundo país, o argentino Demian Cabaud e o brasileiro Alexandre Frazão. O gosto de Preminger pelas situações de jam não deixará de se fazer sentir e, com esta companhia, é de se esperar o melhor.

NOAH PREMINGER saxofone tenor
ANDRÉ MATOS guitarra
DEMIAN CABAUD contrabaixo
ALEXANDRE FRAZÃO bateria


21 de Agosto
P.I. (Pays) – Julie Dossavi
Praça do Museu, 22.00h
Entrada livre

Misturando formas de dança africana contemporânea com saltos elegantes e cultura urbana, Julie Dossavi apresenta uma colecção de solos e duetos acompanhada por percussionistas africanos, voz e electrónica. A bailarina e coreógrafa francesa recorre à ginástica, aos rituais tribais e às origens da música electrónica para moldar uma criação distinta, étnica e contemporânea, cheia de vida e expressividade. Colaborou com vários coreógrafos influentes, como Philippe Decouflé e Joseph Nadj, entrando também no mundo do vídeo e da moda, em projectos com Jean-Paul Gaultier e Nina Ricci.


22 de Agosto
Etran Finatawa
Praça do Museu, 22.00h
Entrada livre

Oriundo do Níger, um dos países mais pobres do mundo, o grupo Etran Finatawa é uma formação de tuaregues e wodaabe, dois povos nómadas com culturas e sonoridades muito diferentes que coabitam nesta região africana. A música dos Etran Finatawa (literalmente “as estrelas da tradição”) combina a riqueza de duas linguagens: tradicionalmente, os wodaabe não utilizam instrumentos e centram-se na voz e ritmos que convidam à dança; por sua vez, os tuaregues sempre recorreram a violinos e tambores para animar as suas músicas e danças.

Agonia voz
Anivolla voz / guitarra solo
Bouga voz / percussão / odilirou (flauta)
Tankari percussão / acompanhamento vocal
Jamil tender (tambor) / guitarra / acompanhamento vocal

Etran Finatawa - Surbajo



23 de Agosto
Terrakota
Praça do Museu, 22.00h
Entrada livre

A fusão de uma imensidão de influências musicais, do reggae à música árabe, passando pelos ritmos afro-cubanos e pela música mandinga e o uso de instrumentos provenientes dos mais variados pontos do globo fazem deste grupo um projecto único em Portugal. Os Terrakota têm actuado um pouco por todo o mundo, conquistando plateias com a sua energia e entusiasmo e, ao mesmo tempo, espalhando uma mensagem socialmente responsável e positiva.

ROMI ANAUEL voz
JÚNIOR voz ⁄ guitarra ⁄ percussão
ALEX guitarra ⁄ percussão
DAVIDE RODRIGUES bateria ⁄ percussão ⁄ flauta ⁄ voz
NATANIEL MELO percussão
MARC PLANNELS teclados ⁄ sitar ⁄ alaúde ⁄ percussão
FRANCESCO VALENTE baixo

Terrakota – É verdade



27 de Agosto
Gonçalo Prazeres Quarteto
Cafetaria Quadrante, 22.00h
Entrada livre

Os temas – todos originais do líder deste quarteto – são abertos e concebidos à partida para fomentar a espontaneidade criativa de todos os membros do grupo, desenvolvendo uma música orgânica e fluida que fuja às delimitações do que habitualmente se considera como mainstream ou “vanguarda”.
Aluno do Berklee College of Music, Gonçalo Prazeres estudou com saxofonistas tão distintos (mas unânimes na forma inclusiva, e não exclusiva, como tocam) quanto George Garzone, Tony Malaby e Steve Lehman, deles tendo herdado a flexibilidade discursiva e a ausência de preconceitos relativamente a materiais, estilos, técnicas, etc.
Com ele estão Nuno Costa, Bernardo Moreira e Luís Candeias, nomes cada vez mais consensuais do jazz feito em Portugal.

GONÇALO PRAZERES saxofone alto
NUNO COSTA guitarra
BERNARDO MOREIRA contrabaixo
LUÍS CANDEIAS bateria

Zurugudu - A Fuga, ao vivo no Hot Club (com Gonçalo Prazeres no sax)

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