terça-feira, 29 de setembro de 2009
FJAE 2009
Festival de Jazz da Alta Estremadura
15 a 25 de Outubro
Leiria e Marinha Grande
Já foi divulgado o programa da edição 2009 do Festival de Jazz da Alta Estremadura (FJAE) que, como habitualmente, decorrerá nas cidades de Leiria e da Marinha Grande, este ano, entre os dias 15 e 25 de Outubro.
O FJAE que se realiza desde os anos 90, é uma iniciativa da Associação Desenvolvimento e Cooperação Atlântida, dos Municípios de Leiria e Marinha Grande e conta com a actual equipa de produção desde 2001.
O FJAE tem tido desde o início, como linha condutora, três vertentes
principais:
1) A realização de "Workshops" abertos a todos os interessados mas destinados principalmente aos jovens músicos da região.
2) A apresentação de variados projectos portugueses. Por este Festival passaram já, mais de uma centena de músicos nacionais.
3) E a vertente internacional, da qual já fizeram parte grupos europeus e norte-americanos como são o caso de John Scofield, Mark Turner / Kurt Rosenwinkel, Paolo Fresu, Aaron Goldberg, Chris Potter, Ravi Coltrane, Don Byron, Dave Douglas, Fay Classen & Ivan Paduart, Geri Allen, Bill McHenry, John Ellis, Jim Hall, Enrico Pieranunzi, The Herbie Nichols Project, Perico Sambeat, Dave Holland, Adam Rogers, Grégoire Maret, Chris Cheek, Marc Copland, Drew Gress, Dan Weiss, FLY trio, Tom Harrell, John Abercrombie, Leo Tardin's GrandPianoramax, WHO trio, Matt Renzi,...
Este ano o Festival iniciar-se-á na quinta-feira, 15 de Outubro com um Workshop dirigido pelo trio do contrabaixista Zé Eduardo e encerrará no domingo, 25, com um concerto do quarteto liderado pelos saxofonistas Dave Liebman e Ellery Eskelin. Entre estas duas datas o Quinteto de Nelson Cascais, a Mingus Big Band, o trio BassDrumBone e o concerto de encerramento do Workshop, deverão ser razões suficientes para visitarem o evento.
Programa
Nelson Cascais “Guruka”
16 Outubro – 22h – Sexta-feira
Galeria Municipal da Marinha Grande
Pedro Moreira (st)
André Fernandes (g)
João Paulo (f-r)
Nelson Cascais (ctb)
Marcos Cavaleiro (bat)
Nelson Cascais é hoje um dos nomes mais sonantes no cenário do jazz nacional. Além de contrabaixista dotado de um som extremamente individual e de um apurado sentido de interacção, Nelson Cascais é um distinto compositor, qualidade à qual se junta a capacidade de, enquanto líder, fazer aflorar as mais importantes virtudes dos seus companheiros de grupo. Por outro lado, como fruto da sua versatilidade, a actividade de Nelson Cascais como “sideman” tem-se tornado cada vez mais intensa,tendo-se apresentado, em estúdio ou em concerto, ao lado de nomes como Carlos Martins, André Fernandes, Abe Rabade, Jorge Reis, Perico Sambeat, Jesus Santandreu, Maria João & Mário Laginha, Pedro Moreira, Benny Lackner, Bernardo Sassetti entre muitos outros.
"Guruka", o seu mas recente disco, vem acentuar o já notável reconhecimento do contrabaixista como compositor e “bandleader”, ao apresentar um sólido repertório onde a composição e a improvisação se equilibram num processo orgânico que, à imagem dos seus registos anteriores - "Ciclope" e principalmente "Nine Stories" -, se alimenta da forte voz pessoal de cada um dos elementos do grupo e de uma determinante permeabilidade às mais diversas influências estéticas.
Nelson Cascais 5teto - 6ª feira 13
Zé Eduardo Unit
17 Outubro – 22h - Sábado
Galeria Municipal da Marinha Grande
Jesus Santandreu (st)
Zé Eduardo (ctb)
Bruno Pedroso (bat)
Zé Eduardo é um dos nomes incontornáveis do jazz português e europeu, pela sua obra como compositor e intérprete e também pelo papel que tem tido, na divulgação e promoção desta música através da criação e direcção de diversas escolas e orquestras. Do seu currículo consta para além de actuações com diversos músicos da cena internacional (Art Farmer, Harold Land, Tete Montoliu, Steve Lacy, Kenny Wheeler...), a histórica participação no primeiro disco de jazz editado em Portugal; “Malpertuis”, de Rão Kyao (1976). No final da década de setenta, fundou a Escola e a Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal, antes de se mudar para Barcelona. Em 1986 e nesta cidade, cria o Zé Eduardo Unit.
“A JAZZAR é que a gente se entende”, nome dado a este concerto, reflecte o trabalho que o Zé Eduardo Unit tem desenvolvido desde 2002 e que consiste na “reinvenção”em linguagem jazz de temas musicais que fazem parte do imaginário colectivo. A base do espectáculo é a série de álbuns “A Jazzar”. O primeiro foi “A Jazzar no Cinema Português” (2002). Dois anos depois, revisitou a obra de José Afonso, no álbum “A Jazzar no Zeca”. O terceiro capitulo desta série, “ A Jazzar nos Cartoons” foi editado em 2008.
Nascido em 1970 em Carcaixent, província de Valencia, Jesus Santandreu, saxofonista tenor e compositor, é um dos mais importantes músicos espanhóis da geração de noventa. Bruno Pedroso, nascido em Lisboa em 1969, é unanimemente considerado um dos melhores bateristas do actual jazz português. Juntamente com Zé Eduardo formam este Unit.
Zé Eduardo, Jesus Santandreu, Jack Walrath e Marc Miralta - Birds Fly Free
"Birds Fly Free" - Ze Eduardo + Jack Walrath Quartet
OFJAE - Orquestra do Festival de Jazz da Alta Estremadura (workshop)
18 Outubro – 18h30 - Domingo
Galeria Municipal da Marinha Grande
A Orquestra do Festival de Jazz da Alta Estremadura (OFJAE) é uma ou várias formações resultantes de um workshop orientado pelos músicos Zé Eduardo, Jesus Santandreu e Bruno Pedroso, a decorrer entre os dias 15 e 18 de Outubro nas instalações do Museu do Vidro da Marinha Grande. O workshop culminará com este concerto da OFJAE, composta principalmente por jovens músicos dos Concelhos de Leiria e Marinha Grande.
Mingus Big Band
23 Outubro - 21h30 - Sexta-feira
Teatro José Lúcio da Silva
Lew Soloff (t)
Alex Sipiagin (t)
Earl Gardner (t)
Vincent Herring (sa)
Craig Handy (sa)
Seamus Blake (st, ss)
Wayne Escoffery (st,ss)
Jason Marshall (sb)
Ku-umba Frank Lacy (trb)
Andy Hunter (trb)
Earl McIntyre (trbb)
David Kikoski (p)
Andy McKee (ctb)
Donald Edwards (bat)
Considerada uma das melhores orquestras da actualidade, nesta série de concertos programados para a digressão de 2009, irá interpretar repertório de Charles Mingus, recentemente descoberto por Sue Mingus nos arquivos do músico, bem como composições incluídas em três dos famosos discos editados em 1959 ; "Blues and Roots", "Mingus Ah Um" e "Mingus Dinasty"...numa celebração dos 50 Anos desta música. Espera-se um acontecimento memorável !
Mingus Big Band - Song With Orange
“BassDrumBone”
24 Outubro - 22h - Sábado
Teatro Miguel Franco
Ray Anderson (trb)
Mark Helias (ctb)
Gerry Hemingway (bat)
BassDrumBone é muitas vezes definido como um “super-grupo”. Este Trio com uma formação pouco usual, é um verdadeiro colectivo com sonoridade única e uma abordagem muito própria, tanto do ponto de vista da composição como da improvisação. O somatório de sinergias do contrabaixista Mark Helias, do baterista Gerry Hemingway e do trombonista Ray Anderson, resulta numa música plena de energia e inovação, numa sonoridade que nos pode transportar do estilo New Orleans a conceitos de Vanguarda. Nesta formação todas as partes são iguais, seria fácil pensar num trio de trombone + secção ritmica. A música resultante de uma colaboração com mais de 30 anos, continua a prender-nos a atenção. Juntos, continuam a fazer “New Jazz“, tão caloroso como inteligente.
Gerry Hemingway, compositor e percussionista, nasceu em 1955. Durante os anos 70 tocou com Anthony Davis, Leo Smith, George Lewis e Anthony Braxton, do qual integrou o Quarteto entre 1983 e 94. Fez também parte do Reggie Workman Ensemble e do Anthony Davis' Episteme Ensemble, tocou em dueto com o pianista Cecil Taylor e gravou com um número significativo de músicos como são o caso de Derek Bailey, Leo Smith, Oliver Lake, Kenny Wheeler, George Lewis, John Cale,... A sua colaboração em trios inclui o GRH com o pianista alemão Georg Graewe e o violoncelista holandês Ernst Reijseger, o WHO (trio que já “visitou“ o Festival de Jazz da Alta Estremadura) com o pianista suíço Michel Wintsch e o contrabaixista Baenz Oester e o CGH com a pianista Marilyn Crispell e o contrabaixista Barry Guy. O “collective“ BassDrumBone com Anderson e Helias data do final da década de 70.
Ray Anderson é descrito pelo crítico Gary Giddins como "one of the most compellingly original trombonists" e pelo Penguin Guide como "the most exciting slide brass player of his generation". Anderson foi nomeado 5 vezes pela revista Down Beat como “Best Trombonist” e já liderou ou integrou grupos que vão do jazz tradicional ao experimental. Nascido em 1952,começou a tocar trombone influenciado por discos Dixieland no entanto e ainda jovem experimentou os novos sons desenvolvidos em Chicago pelos ilustres membros da então recém criada “Association for the Advancement of Creative Musicians“(AACM). Em 1973, já em NY estudou e tocou com Jimmy Giuffre, Barry Altschul e Anthony Braxton. Desde então, integrou dezenas de projectos como os de David Murray, Charlie Haden's Liberation Music Orchestra, Dr. John, George Gruntz Concert Jazz Band, Bennie Wallace, Henry Threadgill, John Scofield, Roscoe Mitchell, Sam Rivers' Rivbea Orchestra... Dos projectos liderados ou co-liderados por Anderson podem-se destacar para além do BassDrumBone, os Slickaphonics, Alligatory Band, Pocket Brass Band, Lapis Lazuli Band, o quarteto de trombones Slideride, assim como o concerto a Solo.
O contrabaixista e compositor Mark Helias tem estado envolvido num processo de inovação musical desde o início da sua carreira, em meados dos anos 70. Para além do projecto BassDrumBone e de uma longa associação com o baterista Ed Blackwell, Helias colaborou intensamente com músicos como Anthony Davis, Dewey Redman, Don Cherry, Oliver Lake, Arthur Blythe, Abbey Lincoln, Cecil Taylor, Barry Altschul, Don Byron, Marty Ehrlich,... Mais recentemente, Helias lidera e colabora em vários projectos: Solo Bass, The Marks Brothers (dueto com Mark Dresser), Attack the Future, e Open/Loose, que é um trio com os saxofonistas Ellery Eskelin ou Tony Malaby e os bateristas Tom Rainey ou Gerald Cleaver.
Bassdrumbone - Soft Shoe Mingle
Liebman / Eskelin Quartet - “Different But The Same”
25 Outubro – 22h - Domingo
Teatro Miguel Franco
Dave Liebman (st,ss)
Ellery Eskelin (st)
Anthony Marino (ctb)
Jim Black (bat)
Liebman/Eskelin Quartet é um grupo onde o “mainstream” e o “free jazz” claramente se misturam. “Different But the Same“ demonstra que Dave Liebman e Ellery Eskelin, músicos e saxofonistas de gerações distintas, partilham muito mais do que se poderia esperar. Revela também que mesmo que dois músicos tenham um objectivo comum, o caminho que cada um deles toma para lá chegar pode ser consideravelmente diferente. Neste grupo, cada um dos saxofonistas trás consigo um músico com o qual mantém uma associação de longa data – no caso de Liebman é o baixista Tony Marino e no de Eskelin o versátil baterista Jim Black (nosso conhecido, pela longa colaboração com o contrabaixista Carlos Bica).. David Liebman nasceu em NY em 1946 e o seu interesse pelo jazz foi inspirado pelas famosas sessões de John Coltrane a que assistiu nos clubes desta cidade.
Depois de ter integrado vários grupos, entre eles o “Ten Wheel Drive”, um dos primeiros grupos de “fusion jazz”, Liebman foi convidado para o grupo do lendário baterista Elvin Jones. Mais tarde, entre 1970 e 74 integrou o famoso grupo de Miles Davis. Na mesma altura começou a trabalhar com o seu próprio “Open Sky Trio”, com Bob Moses e com o “Lookout Farm”, com o pianista Richie Beirach. Este grupo foi reconhecido em 1976 como número um na categoria “Group Deserving of Wider Recognition” pela revista Down Beat. Liebman tocou e gravou com inúmeros músicos, formou o David Liebman Quintet com John Scofield e Kenny Kirkland e em 1981 com George Mraz e Al Foster formou o grupo “Quest”. Mais tarde este grupo incluíu também Ron McClure (b) e Billy Hart (bat). Em 1990 forma novo grupo, desta vez com Phil Markowitz (p), Vic Juris (g), Jamey Haddad (bat) e Tony Marino (b). Para além de uma extensa carreira como educador, de diversos prémios e nomeações para um Grammy, Liebman é frequentemente incluido no top 5 dos saxofonistas soprano.
Ellery Eskelin nasceu em 1959 e aos 10 anos começou a tocar saxofone tenor. Em 1983 estudou com George Coleman e Dave Liebman. Na mesma altura, Eskelin foi membro de uma “quase rock band“. A sua estreia em disco deu-se com o grupo cooperativo, “Joint Venture“ com Paul Smoker (tp), Drew Gress (b) e Phil Haynes (bat). Em 1992 ingressou no projecto “Baron Down“ do baterista Joey Baron e em 1993 gravou "Figure of Speech", um trio com Joe Daley na tuba e Arto Tuncboyaciyan nas percussões. Em 1994 formou a sua “working band“ que inclui a acordeonista Andrea Parkins e o baterista Jim Black. A música resultante desta formação apesar de conter elementos jazz pode não ser considerada jazz no sentido mais restrito do conceito.
A Down Beat Magazine nomeou Eskelin como um dos 25 “Rising Stars for the Future“ na sua edição de Janeiro de 2000. E muito mais tem sido dito sobre este excelente saxofonista: "Eskelin continues to be the most inventive American tenor player in creative music", “...one foot firmly in the tradition, the other in the cosmos", “...is without a doubt one of the most important figures in modern jazz improvisation".
Dave Liebman, Steve Davis, Rufus Reid & David Hazeltine - Footprints
Direcção Artistica: Pedro Moreira
Coordenação de Produção: Luís Hilário
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Alba
Alexandre Diniz Quarteto
Alba
Sexta, 2 de Outubro, 23.30h
Jardim de Inverno do Teatro São Luiz (Lisboa)
Alba é o título do disco de estreia de Alexandre Diniz que será editado em Outubro de 2009. Constituído essencialmente por originais de Alexandre Diniz, Alba reflecte a ideia de que o jazz é uma música do mundo, em que cada cultura a observa da sua perspectiva e para ela contribui. O Quarteto procura um som contemporâneo, partindo do jazz americano para uma exploração de elementos mais comuns no jazz europeu.
O Alexandre Diniz Quarteto nasce em 2007 da vontade de criação de temas originais que reflectissem a sensibilidade dos músicos que o constituem - Alexandre Diniz, António Pinto, Massimo Cavalli e Carlos Miguel.
Produção Quarta Perfeita, em co-apresentação com SLTM.
Azul
Carlos Bica Trio Azul
4ª feira, 30 de Setembro, 23.00h – Hot Club de Portugal (Lisboa)
5ª feira, 1 de Outubro, 21.30h – Cine Teatro São Pedro (Alcanena)
Carlos Bica é um dos poucos músicos portugueses que alcançou projecção internacional, tendo-se tornado uma referência no panorama do Jazz europeu. Entre os vários projectos musicais que lidera e para além das suas participações em outras áreas como teatro, cinema e dança, o seu trio AZUL com o guitarrista Frank Möbus e o baterista Jim Black, tornou-se na imagem de marca do contrabaixista e compositor.
Esta semana vamos ter oportunidade de o ouvir em dois concertos.
A não perder!
Carlos Bica & Azul - Password
domingo, 27 de setembro de 2009
Angra Jazz
11º Angra Jazz
2 a 4 de Outubro
Centro Cultural e de Congressos da Angra do Heroísmo
Decorre esta semana a 11ª Edição do Angra Jazz, numa organização da Associação Cultural Angrajazz e da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.
Teve a sua primeira edição em 1999 e desde então tem ocorrido anualmente, sempre por volta do feriado do 5 de Outubro, sempre com o objectivo de divulgar o gosto pelo jazz no arquipélago dos Açores.
Por altura do festival a Associação Angra Jazz aproveita igualmente para levar a cabo acções de formação destinadas a bandas locais, bem como outras actividades paralelas, como conferências, exposições de instrumentos, de fotografias, feiras do disco e outras.
A Orquestra Angra Jazz nasce precisamente nesta contexto, em 2002, dirigida pelos maestros Pedro Moreira e Claus Nymark, sendo constituída por músicos naturais ou residentes na ilha Terceira.
Para mais informações consultem o site www.angrajazz.com
Programa
6ª feira, 2 de Outubro
21.30h
Orquestra Angra Jazz com Hugo Alves (Direcção Pedro Moreira e Claus Nymark)
23.30h
Jane Monheit Quarteto
Sábado, 3 de Outubro
21.30h
Quarteto de Mário Laginha
23.30h
Henri Texier Strada Sexteto
Domingo, 4 de Outubro
21.30h
Chano Dominguez Trio
23.30h
Charles Lloyd New Quartet
Chano Dominguez & New Flamenco Sound
Agenda Semanal, 28 de Setembro a 4 de Outubro
2ª feira, 28 de Setembro
23.00h – Café Concerto (Vila Real) – Bossa In Jazz
23.30h – Catacumbas (Lisboa) – Quarteto de Paulo Lopes
3ª feira, 29 de Setembro
23.00h – Hot Club (Lisboa) – Jafo Trio “Latinos do Oriente”
23.00h – Café Concerto (Vila Real) – Joaquim Carvalho Duo
23.30h – Catacumbas (Lisboa) – Heritage Blues Band
4ª feira, 30 de Setembro
21.00h – Arruada (São João da Pesqueira) – Douro Jazz Marching Band
21.30h – Cine Teatro São João Pesqueira – Jabardixie
21.45h – Teatro Sá da Bandeira (Santarém) - The Yellow Dog Blues Band
22.00h – Chapitô (Lisboa) – Quarteto Gonçalo Prazeres
23.00h – Hot Club (Lisboa) – Carlos Bica Trio Azul
23.00h – Café Concerto (Vila Real) – Nokas e Zé Lima
5ª feira, 1 de Outubro
21.00h – Arruada (Chaves) – Douro Jazz Marching Band
21.30h – Cine Teatro São Pedro (Alcanena) – Carlos Bica Trio Azul
21.30h – Culturgest (Lisboa) – Henri Texier Strada Quintet
21.30h – Centro Cultural de Lagos – Orquestra de Jazz de Lagos
21.30h – Centro Cultural de Chaves – Jabardixie
21.30h – Teatro Municipal de Bragança – Drugstore Cowboy Quartet
21.30h – Teatro Pax Julia (Beja) – Júlio Pereira
22.00h – Olga Cadaval (Sintra) – António Chainho
23.00h – Café Concerto (Vila Real) - Wonderfools & Pat
23.00h – Hot Club (Lisboa) - Cine Qua Non
6ª feira, 2 de Outubro
21.30h – Centro Cultural e de Congressos (Angra do Heroísmo) - Orquestra Angra Jazz + Hugo Alves - Jane Monheit 4tet
21.30h – Aula Magna (Lisboa) – Richard Bona
21.30h – Parque Mayer (Lisboa) – Cristina Branco
21.30h – Teatro Viriato (Viseu) - Maria João e Mário Laginha
22.00h - Museu do Douro (Régua) - Drugstore Cowboy Quartet
23.00h – Hot Club (Lisboa) - Cine Qua Non
23.30h – Ondajazz (Lisboa) - The Song Band
23.30h – São Luiz (Lisboa)- Alexandre Diniz Quarteto
Sábado, 3 de Outubro
11.00h – Bairro de Santa Maria (Vila Real) - Douro Jazz Marching Band
11.30h – Bairro da Pimenta (Vila Real) - Douro Jazz Marching Band
12.00h - Bairro da Araucária (Vila Real) - Douro Jazz Marching Band
12.30h – Bairro de Santa Maria (Centro Histórico de Vila Real) - Douro Jazz Marching Band
18.30h – São Luiz (Lisboa) – Danças Ocultas
21.30h – Teatro Ribeiro Conceição (Lamego) - Amarelo Manga
21.30h – Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroismo – Mário Laginha 4tet e Henri Texier Strada 6tet
21.30h – Parque Mayer (Lisboa) – Rui Veloso
21.30h – Cine Teatro João Mota (Sesimbra) - Tim Tim por Tim Tum
22.00h – Teatro de Vila Real - Drugstore Cowboy Quartet
23.00h – Hot Club (Lisboa) - Cine Qua Non
23.00h – Casino da Póvoa de Varzim – Cristina Branco
23.30h – Ondajazz (Lisboa) - The Song Band
Domingo, 4 de Outubro
21.00h – CCB (Lisboa) – Jane Monheit
21.30h – Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo – Chano Dominguez trio e Charles Lloyd 4tet (com Jason Moran)
22.00h – Casa da Música (Porto) - Orquestra de Jazz de Matosinhos & 3 Tenores
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Rendezvous em Setúbal
Rendezvous Festival Setúbal
22–25.10.09 / Setúbal / Portugal
O desafio de um segundo ano
Na sua primeira edição, em 2008, a linha programática estabeleceu pontes entre a Música Tradicional Portuguesa e o Jazz, entre percursos afirmados e talentos futuros que este estilo musical reserva em Portugal, sendo os concertos, divididos em dois palcos, o foque do evento. No palco principal estiveram presentes os pianistas João Paulo, que actuou com Ricardo Dias e Peter Epstein; Bernardo Sassetti a solo; e Júlio Resende 4teto. Já o palco secundário assistiu a uma programação virada para as descobertas musicais, tendo contado com a presença da Orquestra Jazz Humanitária; Alípio C. Neto Trio e Zuul Nation.
A receptividade por parte do público de Setúbal ao Festival foi marcante, registando-se a presença de cerca de 900 pessoas distribuídas pelos seis concertos decorridos ao longo dos três dias de festival.
A edição de 2008 deixou, assim, indicações positivas ao formato de organização e ao modelo de evento.
A segunda edição do Rendezvous Festival Setúbal, a acontecer entre os dias 22 e 25 de Outubro de 2009, nos espaços do Club Setubalense, apresenta uma programação que explora relações entre o Jazz e a Música Experimental, de Improviso e Electrónica, construindo-se um cartaz que integra participações nacionais e internacionais e que pretende ser plataforma comum a produtores de discurso transversal na área do Jazz.
Também na presente edição, o programa de concertos completar-se-á com um ciclo de cinema que complementa a programação musical, com vista a uma maior envolvência do público no Festival.
Concertos
Foto Vera Marmelo
Jason Kahn (US) & Manuel Mota (PT)
Quinta 22.10.09
21h / Club Setubalense
Jason Kahn (Percussão, Sintetizador/
Manuel Mota (Guitarra Eléctrica)
Manuel Mota tem actuado na Europa e nos Estados Unidos desde 1989, inicialmente explorando a guitarra acústica preparada, depois passando a desenvolver uma linguagem de guitarra eléctrica fingerstyle. Trabalha frequentemente com Margarida Garcia e Sei Miguel, sendo fundador da editora discográfica Headlights.
A sua abordagem à guitarra é provocadora, delicada e meditativa, sem que lhe falte tom, vigor e jogo rítmico, ou um compromisso com a exploração das suas propriedades materiais de base.
O trabalho de Jason Kahn inclui instalações sonoras, performances ao vivo e composição. Actua a solo ou em colaboração utilizando diferentes combinações de percussão, sintetizador analógico e computador, na construção de ambientes auditivos atravessados de frequências densas e texturadas, mesmo assim sensualmente habitáveis, oferecendo detalhes alumiados e progressões intimistas para o ouvido mais atento.
O Rendezvous tem o prazer de apresentar a primeira performance colaborativa dos dois artistas, que promete ser uma envolvente interacção entre duas aproximações distintas ao som.
Mikado Lab (PT)
Sexta 23.10.09
21h30 / Club Setubalense
Marco Franco (Bateria)
Ana Araújo (Teclados)
Pedro Gonçalves (Baixo Eléctrico)
Liderado pelo baterista Marco Franco, Mikado Lab toca uma precisa e inteligente conexão entre o Jazz e o Rock. Jams em ciclos e tramas através de motivos Pop e diferentes momentos (por vezes, em espasmódicos cortes bruscos à la Deerhoof), passando por terrenos lounge com frescura e vibração que excede o exercício, com efervescência e jovialidade.
Ao vivo, o seu som desenvolve-se dos moldes gravados para se tornar mais livre e energético, reduzindo a sua doçura.
O seu primeiro lançamento foi Baligo com selo da Portuguesa Tone of a Pitch, no Rendezvous apresentarão o seu novo disco Coração Pneumático.
Foto Carla Cardoso
Coclea (PT)
Sexta 23.10.09
22h30 / Club Setubalense
Guilherme Gonçalves (Guitarra Eléctrica, Sintetizador)
Coclea é um dos projectos do membro de Gala Drop,Guilherme Gonçalves.
Esferas de som hipnótico ainda que propulsivo soldam influências Kraut e Psicadélicas com ritmos e balanços de uma espécie de música trance, de forma convincente. Imersivo e ambiente sem perder impulso ou tornar-se totalmente introspectivo, as sequências melódicas cintilantes valsam e sobrepõem-se a baixas frequências, pesadas e difusas, o sound system alto o suficiente para criar uma sensação física de ser atingido e absorver ondas de som – uma unificação eufórica de espectros de cor e frequência.
Foto F. Fraisse
Benoît Delbecq Solo (FR)
Sábado 24.10.09
21h30 / Club Setubalense
Benoît Delbecq (Piano, Laptop)
O pianista Francês nascido em 1966 tem criado uma música distinta pelo uso de ideias e técnicas do Clássico Contemporâneo (Cage, Ligeti, Nancarrow), Jazz, polifonia Africana, improv Europeu entre outras fontes. No seu trabalho a solo, recorre ao piano preparado com materiais como pedaços de borracha e galhos de madeira talhada, e improvisa sobre sequências e padrões curtos e convergentes resultando num som complexo, amplo embora fluído, no encalço de um folclore imaginário.
Delbecq lidera ou co-lidera um número de bandas e conta edições na Songlines, Plush, Naive e Deux Z.
A colaboração com John Herbert e Gerald Cleaver, pela editora Cleanfeed será lançada em Fevereiro do próximo ano.
Esta é a sua primeira performance em Portugal.
Foto Cristina Cortez
Sei Miguel Metal Music Four:
The Jewel System (PT)
Sábado 24.10.09
23h / Club Setubalense
Sei Miguel (Trompete)
Fala Mariam (Trombone Alto)
César Burago (Percussão)
Pedro Gomes (Guitarras)
Figura ímpar do Jazz e, definitivamente, da história da música nacional, Sei Miguel prossegue trabalhando, vai para três décadas, numa linguagem composicional, arranjador e instrumentista por cartografar, analisar e divulgar seriamente.
Ao longo de centenas de actuações ao vivo e de trabalhos editados em casas como a Ama Romanta, Creative Sources ou Headlights, tem dirigido personalidades de diferentes quadrantes da cena musical, que, em alguns casos, dele retiveram fundamentais ensinamentos. Colaborou regularmente com músicos nacionais como Rafael Toral ou Manuel Mota, tendo desenhado trabalhos específicos que executou com gente como Joe Morris ou Aki Onda.
Para o particular desta actuação, Sei Miguel vai apresentar um programa denominado “The Jewel System”, aqui numa formação que inclui o seu trio clássico com o próprio Sei Miguel, Fala Mariam, César Burago e ainda Pedro Gomes.
Foto Stephanie Ballantine
These mountains (UK)
Domingo 25.10.09
21h30 / Club Setubalense
Jonny Fryer (Percussão)
Nicolas Burrows (Electrónica)
Sediado em Leeds, Jonny Fryer, compõe informado pelo Free Jazz e influenciado por música do Médio Oriente, tradicional Africana e Indiana em arranjos minimalistas, guitarras e percussão oriental esparsas para criar instrumentais vastos e prolongados.
Um estado de meditação e transe é induzido, para encontrar uma calmaria nos intervalos e uma paz na repetição.
These Mountains conta dois álbuns auto-publicados este ano: Eternal Now e Tibet.
Foto Nicolas Burrows
Glaciers (UK)
Domingo 25.10.09
22h30 / Club Setubalense
Nicolas Burrows (Percussão, Guitarra e Voz)
Um projecto musical de Nicolas Burrows iniciado numa viagem à Escandinávia, continuado em estadia pelo Canadá e em admiração por luminários Americanos tais como Phil Elverum e Diane Cluck.
Fenómenos geológicos dissolvidos em observações inclinadas do quotidiano num lugar estranho, são a palavra dos temas desta Folk Pop lo-fi levada-pelo-inverno, com picos cristalizados de aliciante melodia a pontuar um certo desprendimento.
A performance no rendezvous vai ser uma nova aproximação ao material e formatos de canções recentes.
Cinema
Blow Up (Michelangelo Antonioni. 1966. 111’)
Quinta 22.10.09
19h / Club Setubalense
On The Edge (Derek Bailey. 1992)
Parte III A Liberating Thing (55’)
Sexta 23.10.09
19h / Club Setubalense
Parte IV Nothin’ Premeditated 55’)
Sábado 24.10.09
16h / Cub Setubalense
Wild Combination (Matt Wolf. 2008. 70’)
Domingo 25.10.09
16h / Club Setubalense
Organização / Organisation
World Community of People
www.rendezvousinfo.org
Rendezvous Festival Setúbal
www.rendezvousfestival.wordpress.com
Outubro no Hot
O mês de Outubro, começa precisamente no Dia Mundial da Música (1 de Outubro + 2 e 3) com o recentissimo projecto "Cine Qua Non" que reúne em Quarteto sem bateria, a pianista Paula Sousa , o guitarrista Afonso Pais, o contrabaixista Mário Franco e o reconhecido pianista João Paulo Esteves da Silva que neste contexto e à semelhança do que já tem feito noutros projectos, assume a utilização do acordeão, instrumento menos comum na Música Jazz.
Nos dias 6 e 7 (Terça e Quarta) Filipe Melo e Bruno Santos (piano e guitarra) aproveitam a passagem pelo nosso País do baterista Paulinho Braga, companheiro de nomes incontornáveis da musica brasileira e juntamente com a cantora Paula Oliveira e um coro que reúne 5 vozes do panorama jazzistico português, farão dois concertos onde o melhor da musica brasileira estará, como ponto de partida.
A 8, 9 e 10 (Quinta a Sábado), o saxofonista Mário Santos, músico da cidade do Porto, membro da Orquestra de Jazz Matosinhos, e lider de outros projectos, regressa ao Hot Clube com o seu "Bloco A4" , quarteto que integra músicos de primeiro plano da cena jazzistica nacional e em particular do norte do País.
A 15, 16 e 17 o Septeto do Hot Clube de Portugal, esta temporada liderado pelo guitarrista Bruno Santos e constituido por excelentes musicos nacionais, regressa também à casa da qual assume o nome, para três concertos com musica original do próprio Santos. Esta série de concertos tem também como pretexto o lançamento do primeiro CD (editora Toneofapitch) desta formação.
Na terça e quarta-feira, dias 20 e 21, o saxofonista Jon Irabagon, um dos novos talentos emergentes nos EUA, de passagem por Lisboa, aproveita para em dois concertos com dois Trios distintos, apresentar a(s) sua(s) musica(s) ao publico do Hot Clube.
No dia 20 ( Terça) um Trio com dois reconhecidos instrumenentistas do panorama nacional (Mário Franco e Alexandre Frazão) interpretará jazz moderno com raízes em "standards" e no chamado "mainstream".
No dia 21 (Quarta) um novo Trio (c/ Hernani Faustino e Gabriel Ferrandini) assumirá com certeza uma abordagem mais "free".
Uma oportunidade para escutar Jon Irabagon em duas vertentes da Música Jazz.
No fim de semana (Quinta a Sábado) de 22, 23 e 24 o excelente guitarrista Nuno Ferreira regressa ao Hot Clube com a mais nova versão do seu Trio que integra o contrabaixista Demian Cabaud e o baterista Marcos Cavaleiro.
Na terça e quarta-feira, dias 27 e 28, o Humanization 4tet, projecto do guitarrista Luís Lopes que conta com a participação de Rodrigo Amado (saxofones) e os irmãos norte-americanos Aaron e Stefan Gonzalez, apresentarão no Hot Clube a sua poderosa musica com referencias no jazz mas que integra também, sonoridades normalmente conotadas com a música rock.
Para terminar o mês, (29, 30 e 31 de Outubro), o bem conhecido trompetista Laurent Felipe apresentará, o seu Sexteto "Mingus e Mais", uma homengem à musica jazz em geral e em particular ao grande compositor e contrabaixista que foi Charles Mingus. Três concertos a não perder!
Outubro, no Hot Clube de Portugal , será um mês bem preenchido com boa musica, estilisticamente tão variada quanto o jazz o permite.
Para mais informações sobre o Hot Clube de Portugal podem também consultar :
http://www.hcp.pt
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hot_Clube_de_Portugal
http://www.myspace.com/hotclubedeportugal
Joana Machado actua este Sábado no Salão Brazil
Joana Machado
Sábado, 26 de Setembro de 2009, 23:00
Salão Brazil (Baixa de Coimbra)
Joana Machado [voz]
Bruno Santos [guitarra]
Bernardo Moreira [contrabaixo]
Bruno Pedroso [bateria]
Este quarteto, decorrente do Quinteto de Joana Machado, aqui sem a participação de Filipe Melo (piano), apresenta um repertório do Cancioneiro Americano, algum desvio pelas criações da Bossa Nova e eventuais temas "sem morada" ou conotação específica. Belas canções, expostas numa linguagem típica do Jazz, com muito "interplay", resultante da familiaridade entre todos os elementos da formação.
A voz une a teia de acordes e proporciona novos desafios e respostas à interpretação dos temas.
Strayhorn, Kern, Gil, são alguns dos compositores homenageados.
Bilhetes
5 Euros
Organização
Conservatório de Música e Artes de Coimbra
Apoios
Diário de Coimbra
Salão Brazil
Produção
JACC - Jazz ao Centro Clube
Joana Machado - Olha Maria
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
(Reticências)
Nuno Costa Quinteto
10 de Setembro, 22.00h
Festival Jazz.pt – Hot Club de Portugal (Lisboa)
Uma visita à página de Nuno Costa no Myspace esclarece-nos que o jovem guitarrista iniciou os seus estudos musicais na Academia de Amadores de Música em 1998.
Posteriormente, ingressou na escola do Hot Club de Portugal, tendo em 2002 recebido uma bolsa para a conclusão dos seus estudos nesta escola. Em 2003, novamente como bolseiro, prosseguiu a sua formação na Berklee College of Music, nos Estados Unidos, tendo terminado o curso de Film Scoring em 2005. Actualmente, pertence ao corpo docente da escola de Jazz Luís Villas-Boas e da Escola de Jazz do Barreiro. É ainda responsável por diversos projectos na área da música visual. Paralelamente, mantém um papel activo na cena jazzística nacional, tendo gravado recentemente o seu primeiro disco com alguns dos mais proeminentes músicos deste género musical.
O disco em questão chama-se (…) – é assim mesmo o nome – e foi editado já este ano pela TOAP de André Fernandes, com produção de Nuno Costa, mistura de André Fernandes e masterização de Michael Perez, nos Estados Unidos.
Os músicos que o acompanham neste projecto discográfico são João Guimarães no saxofone alto, Bernardo Moreira no contrabaixo, Óscar Graça no piano e Fender Rhodes e ainda Marcos Cavaleiro na bateria. Já esta apresentação do trabalho ao vivo, num concerto no jardim do Hot, integrado no Festival Jazz.pt, contou com João Moreira no trompete, em substituição do saxofone de Guimarães, e ainda com André Sousa Machado na bateria, no lugar de Cavaleiro.
Nuno Costa
(…)
TOAP, 2009
É notório o carácter cinemático da música de Nuno Costa, a que não será alheio o facto de ter cursado precisamente a temática da banda sonora em Berklee e bem assim o de se ter dedicado recentemente a vários projectos de “música visual”, como refere o guitarrista.
Esta característica cinematográfica da música de Nuno Costa tornou-se ainda mais evidente com a presença do trompete de João Moreira, que tão bem sabe cultivar a aptidão cool do seu instrumento, geralmente acoplado a alguns efeitos sonoros que acentuam ainda mais as notas impressionistas do trompete e das pautas do guitarrista.
O resultado é francamente convincente, sobretudo tratando-se de uma obra de estreia de um jovem compositor. Com um repertório exclusivamente constituído por originais, Nuno Costa aventura-se por áreas de fusão entre o jazz e a música contemporânea, lembrando mais sons do norte da Europa (oiça-se El Dorado – Diário de Uma Viagem, nas suas duas declinações) do que propriamente da sua Boston adoptiva ou sequer dos seus colegas docentes da escola do Hot.
É pois um projecto original e ambicioso que, pese embora acuse, a espaços, alguma juventude, não deixa de antever enormes potencialidades de desenvolvimento. Uma obra coesa, de enorme coerência e francamente apelativa.
Mais um jovem músico de grande talento, a somar aos muitos que têm saído das escolas de jazz nacionais nos últimos anos.
A seguir com muita atenção.
Nuno Costa - El Dorado: Diários de Uma Viagem (Intro)
domingo, 20 de setembro de 2009
Bloco de Notas
Bloco A4
Quinteto de Mário Santos
25 de Setembro de 2009, 23.00h
B Flat Jazz Club (Matosinhos)
O Quinteto de Mário Santos editou recentemente o seu primeiro trabalho discográfico, denominado “bloco de notas” e gravado no XV Festival de Jazz do Porto. Integram este quinteto liderado pelo saxofonista Mário Santos, José Miguel Moreira na guitarra, António Augusto Aguiar no contrabaixo e André Frazão (bateria).
Quarteto Mário Santos – 2009 Viana do Castelo
Jazz em Tempo de Vindimas
Festival Internacional
DOURO JAZZ 2009
18 de Setembro a 17 de Outubro de 2009
Frank Gambale, o histórico guitarrista australiano, que é também membro da Chick Corea Electric Band, lidera o programa da sexta edição do Douro Jazz. A decorrer durante um mês em seis palcos de Trás-os-Montes e Alto Douro, este festival internacional apresenta 66 concertos com artistas provenientes de oito países.
Merece também destaque nesta edição do Douro Jazz a apresentação da célebre peça de George Gershwin “Porgy and Bess” pela Orquestra do Norte, que aceitou o desafio do festival e convidou para o efeito o clarinetista francês Michel Lethiec.
E ainda: Drugstore Cowboy Quartet (Inglaterra); Filipe Melo e Bruno Santos com o convidado Paulo Braga (Brasil), baterista que foi parceiro habitual de Tom Jobim e Elis Regina; os veteranos Les Zauto Stompers (França), o dixieland com um french touch; Johannes Krieger (Alemanha) com o jazz crioulo do Chibanga Groove; o projecto Amarelo Manga (Brasil) e os portugueses Groove 4tet; Jabardixie, o jazz de rua na sua melhor expressão; e a Douro Jazz Marching Band, a banda residente do festival, que evoca as tradicionais parades de Nova Orleães.
Tal como nas edições anteriores, a programação de festival integra um conjunto de actividades complementares, procurando cruzar públicos diversos e aliando o jazz à época de vindimas na região demarcada mais antiga do mundo. Neste contexto, enquadram-se o lançamento do vinho Douro Jazz, colheita de 2008, a realização de exposições, com destaque para um trabalho fotográfico de José Luís Santos, e uma feira de objectos culturais que permite conhecer ou adquirir diversas produções da região duriense nesta área.
Veja o programa completo em http://www.dourojazz.com/
Agenda Semanal, 21 a 27 de Setembro
2ª feira, 21 de Setembro
23.00h – Café Concerto (Vila Real) – In Bossa
23.30h – Catacumbas (Lisboa) – Quarteto de Pedro Teixeira
3ª feira, 22 de Setembro
23.00h – Café Concerto (Vila Real) – Márcia Barros & Zé Lima
23.00h – Hot Club (Lisboa) – Jaka Kopac Quartet
23.30h – Catacumbas (Lisboa) – Messias & The Hot Tone Blues
4ª feira, 23 de Setembro
21.00h – Casa do Povo de Alvalade (Santiago do Cacém) – Pedro Jóia
21.30h – Cine Teatro (São João Pesqueira) - Les Zauto Stompers
22.00h – Chapitô (Lisboa) – Trio Demian Cabaud
23.00h – Hot Club (Lisboa) – Jaka Kopac Quartet
23.00h – Café Concerto (Vila Real) - Uriel e Cláudia Fier
5ª feira, 24 de Setembro
21.30h – Centro Cultural de Chaves - Les Zauto Stompers
21.30h – Espaço VOL (Serpa) – Miguel Martins & Carlos Barretto
23.00h – Café Concerto (Vila Real) - GrooBossa 4tet
23.00h – Hot Club (Lisboa) - Jure Pukl Trio
23.30h – Van Gogo (Cascais) – Barbara Lagido Trio
6ª feira, 25 de Setembro
21.00h – Cais da Régua - Les Zauto Stompers
21.30h – Centro de Arte de Ovar – Cristina Branco
21.30h – Teatro José Lúcio da Silva (Leiria) – Bernardo Sassetti e Orquestra Filarmonia das Beiras
21.30h – Cine Teatro João Mota (Sesimbra) – Mafalda Arnauth
21.30h – Fórum Cultural do Seixal – Amélia Muge
22.00h – Museu do Douro (Régua) - Les Zauto Stompers
22.00h – Centro de Artes e Espectáculo da Figueira da Foz – Lisbon Swingers Big Band
22.00h – Feira de São Mateus (Elvas) – Mafalda Veiga
23.00h – Hot Club (Lisboa) - Jure Pukl Trio
23.00h – B Flat (Matosinhos) – Mário Santos Quarteto
Sábado, 26 de Setembro
11.00h – Ruas de Vila Real - Douro Jazz Marching Band
12.00h – Casa da Música (Porto) - GS Quartet
17.00h – Jardim da Estrela (Lisboa) – Jam Session
21.30h – Teatro Ribeiro Conceição (Lamego) - Les Zauto Stompers
21.30h – Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra) - Luisa Amaro
21.30h – Teatro Municipal de Faro – Madredeus e a Banda Cósmica
21.30h – Teatro Miguel Franco (Leiria) – Couple Coffee & Band
21.30h – Teatro Municipal de Vila do Conde – Bernardo Sassetti e Orquestra Filarmonia das Beiras
22.00h – Praça do Município (Torres Vedras) - Silent Room
22.00h – Teatro de Vila Real – Orquestra do Norte
23.00h – Hot Club (Lisboa) - Jure Pukl Trio
Domingo, 27 de Setembro
16.00h – Auditório Municipal Beatriz Costa (Mafra) - Urban Jazz Band
17.00h – Jardim da Estrela (Lisboa) – Jam Session
18.00h – Museu do Oriente (Lisboa) – JaFo Trio
Para Outubro Richard Bona
Richard Bona
2 de Outubro de 2009, 21.30h
Aula Magna (Lisboa)
Richard Bona (guitarra baixo e voz),
Etienne Stadwijk (teclados),
Jean Christophe Maillard (guitarra),
Obed Calvaire (bateria),
Mike Rodriguez (trompete),
Marshall Gilkes (trombone)
Richard Bona nasceu em 1967, em Minta, uma pequena aldeia no centro dos Camarões, entre a savana africana e a floresta equatorial. Começou por cantar na Igreja local, ao lado da mãe e das quatro irmãs, onde ganhou uma paixão precoce pelos sons e harmonias. Afinal de contas a música corria-lhe nas veias. O avô foi um famoso cantor e percussionista no seu país natal.
Aos 22 anos deixou Africa e rumou a Paris onde conheceu e tocou com Didier Lockwood, Eric Lelann, Marc Fosset e André Ceccarelli, chegando mesmo a gravar com s Manu Dibango, Salif Keita e Joe Zawinul, com quem efectuou, em 1995, uma tournée mundial.
Actualmente Bona vive em Nova Iorque e já tocou com alguns dos mais reputados músicos do mundo: Michael e Randy Brecker, Chaka Khan,Harry Belafonte, Tito Puente, Bob James, Mike Stern, Larry Coryell, Steve Gadd, Joni Mitchell, Harry Connick Jr.,Chucho Valdes Herbie Hancock, Billy Cobham, Queen Latifah, Jacky Terrasson, Bobby McFerrin,David Sandborn,Joe Sample, Chick Corea, e George Benson, entre muitos outros.
Dele se escreveu: “Imaginem um artista com o virtuosismo de Jaco Pastorius, a fluidez vocal de George Benson, o sentido harmónico de João Gilberto, tudo misturado com a cultura musical africana”.
Este baixista excepcional irá apresentar o seu mais recente disco, Tiki, no qual flui as suas múltiplas influências musicais, africanas, brasileiras (Djavan participou na gravação), caribenhas e claro está, do jazz norte-americano, particularmente do seu ídolo e referencia musical Jaco Pastorius.
Um grande músico que urge conhecer.
Richard Bona - Suninga
Richard Bona & Pat Metheny
Richard Bona & Bobby McFerrin
sábado, 19 de setembro de 2009
10ª Edição do Seixal Jazz
Seixal Jazz
21 de Outubro a 7 de Novembro
Auditório Municipal
Seixal Jazz Club
Cinema São Vicente
Adriana Miki
16 de Outubro, 21.30h
Cinema São Vicente
Adriana Miki (voz),
Paulo Barros (piano),
Desidério Lázaro (saxofone),
Sérgio Crestana (baixo) e
Joel Silva (bateria)
Após uma bem sucedida digressão pelos clubes de jazz em Nova Iorque, Adriana Miki apresenta o seu CD de estreia em Portugal: “Sashimiki”, lançado pela editora americana Apria Records, que nos transporta para o universo do Jazz e da Bossa Nova.
Adriana Miki é descendente de japoneses e assim surgiu a ideia de misturar a palavra “sashimi” (peixe cru) ao seu apelido Miki. “Sashimiki” é composto por 10 temas: 5 originais e 5 versões para composições de eleição de Adriana Miki. A direcção musical ficou a cargo de Sérgio Crestana que divide a produção musical com Adriana Miki e o saxofonista-flautista Manuel Lourenço. O CD conta também com a participação dos músicos: Paulo Barros (piano), Ernesto Leite (piano em “Hoje” e “Que restet-il”), Jurandir Santana (guitarra), Sebastian Scheriff e Oli Savill (percussões), Paulo Rosa (bateria) e Carlos “Bisnaga” Lopes (acordeão).
Em Portugal, tem actuado em diversos palcos: Douro Jazz Festival, Rota Jazz Trofa, Sentir Jazz Penafiel, Centro Cultural de Belém, Casa das Artes de Famalicão, Teatro Municipal de Vila Real, Teatro de Almada, Teatro Municipal de Bragança, Casino de Estoril, Casino de Lisboa, Onda Jazz, BFlat Jazz Club, entre outros.
Carlos Barretto
Solos Pictóricos
17 de Outubro a 29 de Novembro
Galeria de Exposições Augusto Cabrita
Quando se fala de Jazz em Portugal, o nome de Carlos Barretto é uma referência de mérito incontornável. A crescente internacionalização da sua actividade artística tem levado a sua música a muitos destinos, tanto na Europa como no resto do mundo, sempre com rasgados elogios por parte da crítica especializada.
Depois de ter concluído o curso do Conservatório Nacional de Música de Lisboa, o Carlos Barretto residiu em Viena de Áustria (1980-1982) a fim de se especializar na música erudita, onde estudou com Ludwig Streischer, um dos grandes mestres mundiais do contrabaixo. Decide dedicar a sua carreira profissional à música improvisada, residindo em Paris (1984-1993), cidade a partir da qual teve oportunidade de trabalhar com grandes nomes do Jazz, actuando nos mais prestigiados festivais por toda a França, Alemanha, Suíça, Bélgica, Holanda, entre outros. De regresso em Portugal em 1993, iniciou os seus projectos como líder e compositor, tendo gravado 8 Cd’s em nome próprio e colaborado em mais de vinte da autoria de Bernardo Sassetti, Carlos Martins, Bob Sands, George Cables, Mário Delgado, etc. e actuado em inúmeros festivais portugueses e europeus, sendo notória a evolução estética da sua música, desde o neo-bop até ao jazz europeu dos nossos dias.
Solo Pictórico - Pintura e pequenos concertos por Carlos Barretto
Carlos Barretto interpreta sonoramente cada quadro previamente pintado por si, em solo absoluto de contrabaixo explorando ao máximo as possibilidades tímbricas do instrumento quer no arco, quer “pizzicato” ou recorrendo a efeitos electrónicos, criando sonoridades que nunca se esperariam que o contrabaixo pudesse reproduzir. Conta com um CD gravado (Solo Pictórico) e inúmeras performances/exposições realizadas em todo o país.
Actuações no âmbito da exposição (às 18 horas):
17 de Outubro (sábado) – A solo
31 de Outubro (sábado) – Duo com António Eustáquio (guitolão)
7 de Novembro (sábado) – Trio com Mário Delgado (guitarra) e José Salgueiro
Carlos Barretto In Loko
Joe Lovano
21 de Outubro de 2009, 21.30h e 23.30h
Auditório Municipal
Joe Lovano (saxofones tenor e soprano),
James Weidman (piano),
Esperanza Spalding (contrabaixo, voz),
Otis Brown III (bateria),
Francisco Mela (bateria e percussão)
Este é o novo agrupamento, em quinteto, do saxofonista e compositor Joe Lovano. Nascido em Cleveland, EUA, em 1952, Lovano tem uma voz única no saxofone tenor, das mais importantes dos anos 90.
Herdeiro de Coleman Hawkins e John Coltrane, soube estabelecer o seu próprio estilo, independentemente de tocar com Woody Herman, Mel Lewis, Paul Motian, Charlie Haden, John Scofield, Elvin Jones ou Dave Holland. Com ele colabora a excelente contrabaixista Esperanza Spalding, jovem instrumentista já conhecida do público português.
Este ano, lançou Folk Art, o seu 21.º álbum para a Blue Note e o primeiro composto na totalidade por temas de sua autoria. Lovano explora um amplo espectro de “cores, sons e sentimentos”, tirando o máximo partido das todas as variações rítmicas permitidas pelo quinteto com dois bateristas.
Joe Lovano
Zé Eduardo Unit
21 e 22 de Outubro de 2009, 23.00h e 24.00h
Seixal Jazz Club (Antigos Refeitórios da Mundet)
Zé Eduardo (contrabaixo),
Jesus Santandreu (saxofone tenor),
Bruno Pedroso (bateria)
O espectáculo “a JAZZAR é que a gente se entende” reflecte o trabalho que a Zé Eduardo Unit tem desenvolvido desde 2002 e que consiste na “reinvenção” em linguagem jazz de temas musicais que fazem parte do imaginário colectivo. A base do espectáculo é a série de álbuns “A Jazzar”, que aguarda a saída do seu terceiro capítulo, com a edição de “A Jazzar nos Cartoons”. Trata-se de um disco em que o trio apresenta a sua versão muito particular e sempre bem-humorada, de temas de séries de desenhos animados, como “A Abelha Maia”, “Noddy”, “Heidi” e “Dartacão e os Três Moscãoteiros”.
O primeiro capítulo da série foi “A Jazzar no Cinema Português” (2002), com versões de temas que fizeram parte de filmes portugueses de todas as épocas, desde “Se Eu Fosse Um Dia o Teu Olhar”, de Pedro Abrunhosa, a “Cantiga da Rua”, imortalizado por Milú. Dois anos depois, o Zé Eduardo Unit revisitou a obra de José Afonso, no álbum “A Jazzar no Zeca”, que inclui versões de temas tão marcantes como “Grândola Vila Morena”, “O Que Faz Falta” e “Traz Outro Amigo Também”.
Nestes concertos, a Unit interpreta temas de todos estes trabalhos, resgatando temas perdidos no “baú da memória”. É, certamente, caso para dizer: “in ZEU's we trust!”.
Zé Eduardo Unit
Kenny Werner
22 de Outubro de 2009, 21.30h e 23.30h
Auditório Municipal
Benjamin Koppel (saxofones alto, tenor e soprano),
Kenny Werner (piano),
Johannes Weidenmuller (contrabaixo),
Cindy Blackman (bateria)
Menino-prodígio no piano, aos 11 anos de idade gravou um single com uma orquestra de quinze instrumentos. Kenny Werner é uma força da natureza no jazz dos nossos dias, tanto no plano da improvisação como no da composição. Antigo aluno de duas das mais prestigiadas escolas de jazz dos EUA, o Berklee College of Music, em Boston, e a Manhattan School of Music, é hoje em dia professor de piano nessas escolas e também na New School of Music (New York).
Tocou com Charles Mingus, Archie Shepp, Joe Lovano, Ron Carter, Bob Brookmeyer e Dizzy Gillespie, tendo gravado com alguns destes músicos. Natural de Brooklyn, onde nasceu em 1951, Kenny Werner possui extensa discografia que atesta bem o seu excelente domínio do piano, com solos de uma enorme riqueza harmónica e rítmica.
Kenny Werner Trio
Robert Glasper Trio
23 de Outubro de 2009, 21.30h e 23.30h
Auditório Muncipal
Robert Glasper (piano),
Vicente Archer (contrabaixo),
Chris Dave (bateria)
Nascido em Houston, em 1979, Robert Glasper tem recolhido aplausos ao longo do seu percurso no jazz, com um estilo que lembra grandes vultos do piano jazz contemporâneo, como Brad Mehldau e Keith Jarret. A sua mãe, Kim Yvette Glasper, foi a sua primeira e mais marcante influência musical. Dela herdou o gosto sofisticado por temas nos quais possa swingar plenamente. Aos 12 anos, Robert já tocava piano na igreja onde Kim Yvette também cantava.
“O Gospel é feito de emoção e espiritualidade: vamos à igreja e saímos a chorar”, afirma. Diz que foi assim que conseguiu chegar às pessoas, em sintonia com os sentimentos e a emoção da música. Experimentou também o Hip-hop e trabalhou com Bilali, The Roots, Jay Z, Mos Def ou Talib Kweli, entre outros.
Em 2003, lançou Mood, o seu primeiro álbum e dois anos depois foi chamado pela lendária Blue Note. Foi então que se juntou a um legado que remonta a 1939: Albert Ammons, Meade Lux Lewis, Thelonious Monk, Bud Powell, Herbie Hancock, McCoy Tyner, Chick Corea, Andrew Hill, Cecil Taylor, Gonzalo Rubalcaba, Jacky Terrasson, Jason Moran e Bill Charlap. Aos 30 anos é um dos mais brilhantes improvisadores do piano jazz.
Robert Glasper Trio
Blake Tartare
23 e 24 de Outubro de 2009, 23.00h e 24.00h
Seixal Jazz Club (Antigos Refeitórios da Mundet)
Michael Blake (saxofone tenor e soprano, clarinete baixo, kalimba),
Soren Kjaergaard (piano e efeitos),
Jonas Westergaard (contrabaixo),
Frands Rifbjerg (bateria)
De origem canadiana, mas residente em Nova Iorque, Michael Blake tem imposto o seu nome não só devido às capacidades instrumentais que lhe reconhecemos nos saxofones tenor e soprano ou no clarinete baixo, mas também como compositor e arranjador. Combinando a cada passo tradição e inovação, não hesita em incorporar no idioma jazz elementos provenientes de outras músicas. Pertenceu durante mais de uma década aos Lounge Lizards de John Lurie e o seu CD de estreia em nome próprio, “Kingdom of Champa” (1997), foi produzido por um nome lendário que esteve por detrás dos sucessos discográficos de Miles Davis, Teo Macero.
Envolvido em grupos como Herbie Nichols Project, Medicine Wheel e Peace Pipe, ganhou igualmente fama como autor de bandas sonoras para o cinema e a televisão ou a tocar com Tricky, Prince Paul e DJ Logic. Os seus Blake Tartare – nesta vinda a Portugal sem o baterista Kresten Osgood, com quem gravou recentemente em duo o álbum “Control This” e realizou o ano passado uma pequena digressão em Portugal - integram dois nomes fundamentais do jazz dinamarquês, o pianista Soren Kjaergaard e o contrabaixista Jonas Westergaard. Em substituição de Kresten Osgood vem um dos nomes emergentes do novo Jazz Nórdico, Frands Rifbjerg que já tocou ao lado de Clark Terry, Steve Swallow, Carla Bley, Phil Woods, Jon Faddis e Junior Mance. Espera-se um concerto onde a modernidade se acompanha em doses cuidadas de tradição.
Mingus Big Band
24 de Outubro, 21.30h e 23.30h
Auditório Municipal
Lew Soloff (trompete), Alex Sipiagin (trompete), Earl Gardner (trompete), Vicent Herring (saxofones alto), Craig Handy (saxofones alto), Seamus Blake (saxofones tenor e soprano), Wayne Escoffery (saxofones tenor e soprano), Jason Marshall (saxofone barítono), Ku-Umba Frank Lacy (trombone), Andy Hunter (trombone), Earl McIntyre (trombone baixo), David Kikoski (piano), Andy McKee (contrabaixo), Donald Edwards (bateria)
Indiscutivelmente uma das mais brilhantes orquestras de jazz dos EUA, esta é uma orquestra de reportório todo ele com origem no contrabaixista/compositor Charles Mingus. As obras interpretadas no corrente ano resultam de uma combinação inteligente entre reportório descoberto por Sue Mingus, viúva do contrabaixista, nos arquivos do mestre, e temas que se tornaram famosos na discografia de Mingus, particularmente alguns incluídos nos discos “Ah Um”, “Dinasty” e “Blues and Roots”, todos editados em 1959.
A Mingus Big Band, na celebração dos 50 anos daquelas obras, é constituída por músicos “mingusianos” de prestígio e alguns mais jovens que sentem o espírito da música do mestre e dominam essa linguagem tão característica que Charles Mingus soube criar.
Mingus Big Band & Frank Lacy
Paula Sousa Quarteto
29 de Outubro de 2009, 23.00h e 24.00h
Seixal Jazz Club (Antigos Refeitórios da Mundet)
Paula Sousa (piano),
Afonso Pais (guitarra),
Nelson Cascais (contrabaixo),
Luís Candeias (bateria)
Paula Sousa frequentou o Conservatório, passou pela música pop nacional e começou a tocar jazz no princípio do novo milénio. Estudou na Escola do Hot Clube e completou o curso em Jazz Performance na Berklee College of Music em Boston.
A sua música denota múltiplas influências para além do jazz. Paula Sousa, pianista e compositora, reúne numa formação standard do Jazz contemporâneo, a irreverência do rock, com a universalidade da música clássica, dando-lhe um peculiar sabor português.
Oferece um repertório de originais, em que a emoção dá lugar a uma liberdade artística honesta, fora dos compromissos estéticos habituais. Uma reciclagem de som luso, que reformula o conceito de importação.
Paula Sousa
Motif
30 e 31 de Outubro, 23.00h e 24.00h
Seixal Jazz Club (Antigos Refeitórios da Mundet)
Afle Nymo (saxofones, clarinetes),
Mathias Eick (trompete),
Havard Wiik (piano),
Ole Morten Vagan (contrabaixo),
Hakon Mjaset Johansen (bateria)
Não é mais um quinteto da Escandinávia que vamos receber. Os membros dos Motif pertencem ou pertenceram a formações de nomeada como Jaga Jazzist, os NCOJ de Bugge Wesseltoft, Atomic e Trondheim Jazzorchestra, o que quer dizer muito quanto ao seu estatuto. Atle Nymo (saxofones, clarinetes), Mathias Eick (trompete), Havard Wiik (piano), Ole Morten Vagan (contrabaixo) e Hakon Mjaset Johansen (bateria) estão entre o melhor que a Europa do Norte tem para nos oferecer. Uma escrita elegante e sofisticada conjuga-se neste projecto com largos espaços deixados à improvisação, e a impactante energia da música não anula a importância que é dada ao detalhe.
Com três discos publicados e um percurso de 10 anos que os levou já a países menos prováveis de serem incluídos em digressões internacionais de Jazz como a China e o Vietname, os Motif distinguem-se pelo facto de os seus membros terem perfis e percursos muito distintos. Nymo é um músico de sessão habilitado a tocar em qualquer contexto (fê-lo com Pat Metheny e Chick Corea, por exemplo), mas lidera os seus próprios combos, em parceria com instrumentistas do nível de Ingebrigt Haker Flaten e Magnus Broo. Eick é a nova estrela da ECM, depois de firmar o seu nome ao lado de figuras do relevo de Jon Balke e Jacob Young, integrando ainda grupos rock como os Motorpsycho e os Big Bang. Wiik é um pianista muito requisitado (Ken Vandermark convidou-o, por exemplo, para os seus Free Fall), dadas as suas extraordinária inventividade e capacidade de surpreender. Vagan tem um notável trajecto de acompanhamentos, indo de Arve Henriksen a Joshua Redman. Johansen está bem implantado na cena noruguesa e já tocou com gigantes como Jan Garbarek. Melhor cobertura da realidade jazzística “lá de cima” não podia haver...
Matthias Eick
Júlio Resende Quarteto
5 de Novembro de 2009, 23.00h e 24.00h
Seixal Jazz Club (Antigos Reitórios da Mundet)
Júlio Resende (piano),
Desidério Lázaro (saxofone tenor e soprano),
João Custódio (contrabaixo),
Joel Silva (bateria)
Depois do sucesso de “Da Alma” vem a confirmação do estatuto a que chegou o jovem pianista Júlio Resende com um novo projecto, “Assim Falava Jazzatustra”, que conta com as colaborações de João Custódio (contrabaixo), Desidério Lázaro (saxofones tenor e soprano) e Joel Silva (bateria). Em disco com o mesmo nome, também ouvimos o saxofonista alto espanhol Perico Sambeat, o contrabaixista norueguês Ole Morten Vagan, e a cantora Manuela Azevedo, esta com percurso feito na pop e, designadamente, nos Clã. O objectivo é descartarem-se de tudo o que possa esconder ou alienar os seus próprios estilos pessoais, na busca da maior autenticidade musical. Por isso mesmo, o repertório tocado pelo quarteto é todo ele constituído por originais. Com uma excepção de peso: uma “cover” jazzística de um clássico do rock, “Shine On Your Crazy Diamond”, dos Pink Floyd.
Deste quarteto fazem parte alguns dos mais seguros valores da nova geração do Jazz em Portugal, João Custódio cimentou a sua posição como contrabaixista de primeiro plano nos grupos de Carlos Martins e Jorge Moniz, por exemplo. Um claro produto do ensino de jazz ministrado pelo Conservatório de Amesterdão, Lázaro depressa conquistou um lugar próprio entre os mais interessantes saxofonistas portugueses, dada a sua abordagem lírica dos instrumentos que toca. Silva teve formação na ESMAE do Porto e é cada vez mais uma presença regular no circuito dos clubes e dos festivais. Com tal junção de esforços em prol de uma música fresca e inventiva, se bem que sustentada na tradição, só é de esperar o melhor.
Sten Sandell Trio
6 de Novembro, 23.00h e 24.00h
Seixal Jazz Club (Antigos Refeitórios da Mundet)
Sten Sandell (piano),
Johan Berthling (contrabaixo)
Paal Nilssen-Love (bateria)
"Polytonalrytmic totalmusic" é como se pode definir a música do Sten Sandell Trio, ensemble que tem vindo a encantar a Europa desde 1999. A dobrar 10 anos de existência, este trio que inclui dois músicos suecos, Sten Sandell e Johan Berthling e um noruegês, Paal Nilssen-Love, e é justamente reconhecido como um dos mais importantes trios de piano do moderno jazz europeu, responsável por uma abordagem revolucionária desta clássica formação do Jazz desde Bill Evans, Paul Bley e Keith Jarrett. A música do trio acenta nos canones da música improvisada europeia mas detaca-se pela sua profundidade e não pelo volume de som. É uma música de detalhe e exploração e um feliz e delicado convivio entre o acústico e a electrónica.
Com três discos editados, "Standing Wave" (Sofa, 2001), "Flat Iron" (Sofa, 2004) e "Oval" (Intakt, 2007), o Sten Sandell Trio está longe de esgotar as suas capacidades criativas, é um grupo maduro mas longe de esgotado, prova disso são as gravações com o saxofonista John Butcher, "Strokes" (Clean Feed, 2007) e "The Godforgottens" (Clean Feed, 2009) com Magnus Broo no trompete.
Sten Sandell, de Estocolmo, colabora habitualmente com o grupo Gush, Mats Gustafsson, Evan Parker e Low Dynamic Orchestra, para além de ser muito solicitado para concertos a solo. A sua forma de tocar é inspirada em Cecil Taylor mas se calhar é ainda mais influenciada pela música contemporânea e compositores como Morton Feldman e John Cage. Toca música improvisada há 25 anos nos maiores festivais desta música em toda a Europa e EUA.
Johan Bertling, também de Estocolmo, tornou-se um dos mais importantes contrabaixistas da música improvisada Sueca dos ultimos anos onde toca regularmente com Raymond Strid, Fredrik Ljungkvist e David Stackenäs e com os grupos TAPE, LSB, Folke e Göran Kaifes. Influenciado por William Parker, Berthling é um contrabaixista poderoso e muito seguro. Dirige também a editora Häpna.
Paal Nilssen-Love, de Oslo, é considerado por muitos o mais importante baterista europeu dos ultimos anos e um revolucionário da bateria como há muito não se via. Com pouco mais de trinta anos de idade, Nilssen-Love tem uma carreira ao mais alto nível há mais de 10, tocando e gravando intensamente ao lado de músicos como Frode Gjerstad, Mats Gustafsson, Håkon Kornstad, Joe McPhee e integra os grupos The Thing, School Days, Atomic, 4 Corners. Lendárias são já as suas aparições ao lado do saxofonista Ken Vandermark.
Luis Lopes Humanization Quartet
7 de Novembro, 23.00h e 24.00h
Seixal Jazz Club (Antigos Refeitórios da Mundet)
Luís Lopes (guitarra),
Rodrigo Amado (saxofone tenor),
Aaron González (contrabaixo),
Stefan González (bateria)
A primeira qualidade de um músico que improvisa é a sua capacidade para comunicar com as outras pessoas. A música improvisada começa a acontecer antes mesmo de qualquer nota ser tocada, e um músico que não consegue comunicar com os outros fora do palco ou do estúdio certamente que não conseguirá fazê-lo também num auditório, inserido num colectivo. Essa qualidade encontramo-la nos quatro membros desta formação – interagem uns com os outros com alegria e cometimento, e sabem transmitir essas boas vibrações aos seus ouvintes.
Vindo de um “background” no rock e nos blues – com toda a evidência, o seu “herói” é Jimi Hendrix –, cedo o guitarrista Luís Lopes se interessou pelo jazz aberto, e isso quer dizer que nunca quis, simplesmente, interpretar os “standards”. Em consequência, concebeu o seu trabalho composicional para servir os talentos improvisacionais dos músicos que envolve nos seus projectos e não para os circunscrever em estruturas rígidas e pré-estabelecidas. Lopes é um cultor do desconhecido e enfrenta este com genica e predisposição.
Os seus companheiros são o saxofonista Rodrigo Amado, um valor em ascensão na cena internacional do free bop, e a poderosa secção rítmica providenciada pelos irmãos Stefan e Aaron González, filhos do trompetista Dennis González e parceiros deste na banda Yels at Eels. Desta combinação resultam execuções intensas e uma criatividade aventureira. A música tocada pode por vezes atingir níveis de abstraccionismo, mas é sempre “groovy” e as melodias entram-nos no cérebro para lá se fixarem.
Humanization Quartet
http://www.cm-seixal.pt/seixaljazz/2009/
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