segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Guimarães Jazz 2009


12 a 21 de Novembro
Centro Cultural Vila Flor (Guimarães)

Kind of Blue @ 50 (com Jimmy Cobb, Buster Williams, Larry Willis, Javon Jackson, Wallace Roney e Vincent Herring), Hank Jones Trio, Branford Marsalis Quartet, Projecto TOAP/Guimarães Jazz (com Ohad Talmor, Bernardo Sassetti, Demian Cabaud e Dan Weiss), George Colligan Quintet, Overtone Quartet (com Dave Holland, Jason Moran, Chris Potter e Eric Harland), Cassandra Wilson e Dave Douglas and Blood Sweat Drum n Bass Big Band são os nomes que compõem o núcleo duro do cartaz do Guimarães Jazz 2009, no ano em que o festival celebra a sua 18ª edição.

Programa - Guimarães Jazz 2009

Quinta, 12 de Novembro | 22h00
Remembering the Miles Davis classic
Kind Of Blue @ 50
Jimmy Cobb´s so what Band
Featuring Wallace Roney, Vincent Herring, Javon Jackson, Larry Willis & Buster Williams


Editado em 1959 pelo lendário trompetista Miles Davis (1926-1991) e tido por muitos como uma verdadeira obra-prima da história do jazz, o álbum “Kind of Blue” cumpre este ano meio século de existência.

Em homenagem a este acontecimento, o famoso baterista Jimmy Cobb, único elemento ainda vivo da formação original da gravação, decidiu recordar a edição do disco, realizando uma série de concertos com uma formação que conta com a colaboração de um importante conjunto de músicos – Wallace Roney, Javon Jackson, Vincent Herring, Larry Willis e Buster Williams.

Ao mesmo tempo, surge no mercado uma edição comemorativa que inclui 2 CDs com a totalidade dos takes gravados no momento do seu registo discográfico, incluindo ainda um livro com textos e fotos, um documentário em DVD sobre “Kind of Blue” e um LP com a edição original do trabalho. "Kind of Blue" foi um dos discos mais vendidos de sempre, uma obra fundamental, olhado por muitos como o trabalho mais importante em toda a história do jazz. Em 2003 foi eleito pela revista "Rolling Stone" o 12º melhor álbum de todos os tempos (entre 500 títulos seleccionados), não sendo por isso de admirar que tenha tantas vezes sido considerado um álbum imprescindível em qualquer discografia. Nesse ano fantástico de 1959, durante o qual aconteceram grandes momentos musicais, importantes contributos para a consolidação de uma corrente estética e musical que haveria de ser essencial na afirmação definitiva do jazz, “Kind of Blue” juntava na 30th Street, Nova Iorque, nos estúdios da Columbia Records, alguns dos maiores improvisadores do século XX: Miles Davis (trompete), John Coltrane (saxofone tenor), Bill Evans (piano, excepto em “Freddie Freeloader” - Wynton Kelly), Paul Chambers (contrabaixo), Cannonball Adderley (saxofone alto) e Jimmy Cobb (bateria). A primeira sessão deu origem ao lado A do disco e decorreu a 2 de Março, gravando-se “So What”, “Freddie Freeloader” e “Blue in Green”. Um mês depois, a 22 de Abril, estes músicos voltaram a reunir-se para registarem “Flamenco Sketches” e “All Blues”.
Produzido por Teo Macero, “Kind of Blue” é a soma de muitas genialidades: as de Miles Davis associadas às espantosas qualidades artísticas de cada um dos músicos presentes que revelaram uma da capacidade de improvisação fora de comum para a época. Segundo Jimmy Cobb, "Kind of Blue" foi "feito no céu". Segundo a opinião insuspeita do pianista Herbie Hancock, o disco é um acontecimento raro, uma junção de energias que se transformaram n’ “Um marco não só da história do jazz, mas também da história da música”.

Jimmy Cobb's So What Band - Kind of Blue


Sexta, 13 de Novembro | 22h00
Hank Jones Trio


Aos 91 anos, Hank Jones é uma lenda viva do jazz. A sua carreira é feita de sete décadas como pianista e compositor com centenas de discos gravados, quer acompanhando os mais variados tipos de artistas, quer como líder, registando mais de sessenta trabalhos.

Primogénito de sete irmãos, nasceu em 1918, no estado do Mississippi, no contexto de uma família destinada a ter uma profunda relação com o jazz. É irmão do famoso baterista Elvin Jones e do trompetista e compositor Thad Jones, infelizmente já desaparecidos. Hank Jones foi um dos grandes impulsionadores do bebop e tocou com quase todos os grandes nomes da história do jazz como Coleman Hawkins, Ella Fitzgerald, Charlie Parker, Max Roach, Artie Shaw, Benny Goodman, Lester Young, Cannonbal Adderley, John Coltrane, Wes Montgomery, John Lewis, Tommy Flanagan, Ron Carter, Gato Barbieri, Eddie Gomez, Al Foster, Sonny Stitt, Oscar Peterson, Charlie Haden e Joe Lovano. Durante a sua carreira acompanhou Ella Fitzgerald, assim como Frank Sinatra e Diana Krall. Muito poucos deverão saber que Hank Jones foi o pianista que acompanhou Marilyn Monroe quando esta cantou o célebre “Happy Birthday Mr. President” a John F. Kennedy.
Apesar de ter pensado em reformar-se em 1987, Hank Jones continua activo e prolífico, tocando pelo mundo inteiro, gravando e dirigindo masterclasses em inúmeras universidades, como Harvard ou Nova Iorque. O mundo confirma-o como um dos últimos sobreviventes daquele núcleo de músicos excepcionais que ajudaram a consolidar o jazz em todas as partes do planeta. Para além de muitos outros prémios e homenagens, recebeu o título de Master of Jazz, atribuído pelo National Endowment for The Arts - um prémio que consagra a sua dedicação e paixão por esta música. Neste concerto, Hank Jones sobe ao palco acompanhado por dois intérpretes de excepção: George Mraz e Willie Jones III.

Hank Jones - Willow Weep For Me


Sábado, 14 de Novembro | 22h00
Branford Marsalis Quartet


Branford Marsalis é um prestigiado saxofonista, um homem que se movimenta por dentro de inúmeros interesses musicais do jazz, blues e funk, a projectos de música clássica como o conhecido Marsalis Brasilianos, a partir da exploração do imaginário musical de Heitor Villa-Lobos.

Três vezes galardoado com um Grammy, tem desenvolvido a sua carreira como instrumentista de excepção, compositor dotado e director da Marsalis Music, uma editora por si fundada em 2002, através da qual tem produzido os seus próprios projectos, assim como os de artistas jovens, considerados novos talentos em ascensão do mundo do jazz. Oriundo de Nova Orleães, Branford Marsalis nasceu em 1960, no seio de uma família, considerada uma das maiores referências musicais da cidade: o patriarca/pianista/professor Ellis Marsalis e os seus filhos Wynton, Delfeayo e Jason. Começou a adquirir notoriedade quando integrou os Art Blakey’s Jazz Messengers e participou em inúmeros concertos com o quinteto do irmão Wynton Marsalis, no início dos anos 80, antes mesmo de ter formado o seu próprio grupo. Acompanhou e gravou com grandes lendas da história do jazz, como Miles Davis, Dizzy Gillespie, Herbie Hancock e Sonny Rollins. Conhecido pelo seu espírito inovador e pela sua visão musical muito abrangente no que diz respeito aos géneros, estilos e tipos de música, a sua actividade tem vindo a ampliar-se nos últimos anos, tendo-se tornado um solista de referência nas famosas orquestras sinfónicas de Chicago, Detroit, Dusseldorf e Carolina do Norte. Os seus interesses diversificados reflectem a sua cultura e as muitas actividades que tem realizado nos mais diversos contextos. Passou dois anos em digressão, tendo gravado com Sting e foi director musical do “The Tonight Show with Jay Leno”. Durante dois anos, colaborou com os Grateful Dead e Bruce Hornsby, participou nos filmes “Throw Mama from the Train” e “School Daze”, fez a banda sonora para “Mo’ Better Blues”, entre outros filmes, e foi o anfitrião do programa Jazz Set da National Public Rádio. O seu último CD, “Metamorphosen”, lançado em Março deste ano, assinala o 10º aniversário do quarteto de Branford Marsalis, um dos grupos mais poderosos e inventivos do jazz actual. Este grupo trabalha a improvisação como um bloco de sonoridades, retirando ideias de todos os géneros de música. Este conjunto de instrumentistas está junto há muitos anos e é capaz de criar, em simultâneo, formas antagónicas de estruturação musical que nalguns momentos surgem extremamente enérgicas, noutros intensamente melódicos.

Branford Marsalis - Royal Garden Blues

Branford Marsalis - Royal Garden Blues (Official Music Video) - Click here for the most popular videos

Domingo, 15 de Novembro | 22h00
Projecto TOAP/Guimarães Jazz 09
Ohad Talmor, Bernardo Sassetti, Demian Cabaud, Dan Weiss


O projecto TOAP/Guimarães Jazz prossegue este ano com mais um concerto único que envolve músicos portugueses e estrangeiros, concebido para ser registado e posteriormente editado.

No projecto TOAP / Guimarães Jazz 09 estão associados quatro importantes músicos que vão trocar experiências e construir, a partir desse momento de partilha, uma música capaz de exprimir o imenso processo de interacção fomentado por este encontro. Deseja-se atingir novos níveis de conjugação musical, provenientes das inúmeras competências adquiridas por cada um dos artistas presentes.

Ohad Talmor nasceu em 1970, em Lyon - França. Cresceu em Genebra - Suíça, numa casa onde constantemente se ouvia música clássica. Em 1995 começou a sentir um crescente interesse pela composição e pelos arranjos, uma vontade que o levou a frequentar a Manhattan School of Music. Recebeu o seu diploma de composição em 1997 e, desde então, continuou a viver em Brooklyn - Nova Iorque, trabalhando em inúmeros projectos quer como instrumentista, quer como director musical, compositor e arranjador.

Bernardo Sassetti nasceu em Lisboa, em Junho de 1970. Em 1987 começou a sua carreira profissional ao participar em inúmeros concertos do quarteto de Carlos Martins e do Moreiras Jazztet. Nos primeiros 15 anos de carreira desenvolveu uma intensa actividade como instrumentista, acompanhando por todo o mundo importantes músicos como Art Farmer, Kenny Wheeler, Freddie Hubbard, Paquito D´Rivera, Benny Golson, Curtis Fuller, Eddie Henderson, Charles McPherson, Steve Nelson e a United Nations Orchestra. No quinteto de Guy Barker, registou o CD "Into the blue" (Verve), nomeado para os Mercury Awards 95 - Ten albuns of the year. Em Novembro de 1997, também com Guy Barker, gravou "What Love is", acompanhado pela London Philarmonic Orchestra, tendo tido como convidado Sting. O seu primeiro trabalho discográfico como líder, “Salsetti” (Groove/Movieplay), foi gravado em 1994 com a participação de Paquito D’Rivera. O trabalho "Nocturno", lançado pela editora Clean Feed em 2002, foi distinguido com o Prémio Carlos Paredes. As obras "Indigo" e "Livre" são outras das suas mais recentes gravações discográficas, neste caso em piano solo.

Demian Cabaud nasceu em 1977, na Argentina. Estudou no Institute of Technological Contemporary Music com Hernan Merlo e Miguel Angel Villarroel. Em 2000 foi-lhe atribuído o prémio de Excelência do Conservatório Musical Souza Lima, São Paulo – Brasil. No ano seguinte recebeu uma bolsa de estudos para o Berklee College of Music em Boston. Durante a sua carreira teve a oportunidade de tocar, estudar e gravar com vários artistas dos quais se destacam Joe Lovano, Hal Crook, Ed Tomassi, Dave Samuels, Dave Santoro, John Lockwood, Whit Brown, George Garzone, Danilo Perez, entre outros.

Dan Weiss começou a receber lições de piano, aos seis anos, com Jeff Krause. Enquanto frequentava a Manhattan School of Music onde aprendia bateria e composição, continuou também a estudar piano clássico. Acompanhou músicos como David Binney, Lee Konitz, Dave Liebman, Rudresh Mahanthappa, Vijay Iyer, Miguel Zenon, Wayne Krantz, Kenny Werner, Ritchie Beirach, Ben Monder, Uri Caine, Ravi Coltrane, entre outros, tendo gravado trabalhos com muitos deles e tocou na Village Vanguard Orchestra. Sob a orientação de Pandit Samir Chatterjee, estudou tabla e contactou com a cultura musical indiana. O conhecimento da música clássica indiana, permitiu-lhe acompanhar músicos como Ramesh Mishra, Mandira Lahiri, Subra Guha, Anoushka Shankar, KV Mahabala e Steve Gorn e tocar nos mais diversos lugares do mundo, desde a Índia aos Estados Unidos. Dan Weiss tem duas gravações como líder, sendo uma delas, um trabalho a solo que contém um repertório de tabla tradicional, transposto para bateria.

Quarta, 18 de Novembro | 22h00
George Colligan Quintet


George Colligan, considerado “um dos segredos mais bem guardados no jazz”, é acompanhado nesta formação por quatro notáveis músicos do jazz actual – Michael Blake, Jaleel Shaw, E.J. Strickland e Josh Ginsburg.

George Colligan nasceu no mês de Dezembro de 1969, em New Jersey. Por influência de uma professora, começou a ouvir diferentes estilos musicais, em particular o jazz e a música contemporânea. Assim cresceu o seu interesse pelo jazz, levando-o a tocar trompete em hotéis e clubes da cidade. Trabalhou com diversos artistas entre os quais Cassandra Wilson, Gary Bartz, Gary Thomas, Steve Coleman, Eddie Henderson, Ralph Peterson, Vanessa Rubin, Steve Wilson, Jane Monheit, Lenny White, Michael Brecker, Mike Clark, Sheila Jordan, Billy Hart e Charles Fambrough. Possuidor de um estilo muito eclético e aberto, George Colligan desenvolve uma música que vai desde a livre improvisação, ao funk, ao jazz e à música contemporânea, percorrendo desta forma todos os géneros, tendo-lhe sido atribuídos alguns prémios pela qualidade do seu trabalho. Já participou em festivais de jazz em todo o mundo, dos quais se destacam o North Sea Jazz Festival, Edinburgh Jazz & Blues Festival, Vancouver International Jazz Festival, e Cancun Jazz Festival.

Michael Blake nasceu em Montreal - Canadá, em 1964. Do soul ao reggae, da música tradicional Africana à Vietnamita, Michael Blake explora as potencialidades estéticas de uma música inspiradora, mantendo-se fiel a este projecto artístico que tem vindo a desenvolver. No entanto, a sua notoriedade é alcançada no jazz e é onde se nota mais a sua presença. Gravou e tocou com muitos artistas, entre os quais Oliver Lake, Grachon Moncour III, Medeski Martin e Wood, Ray LaMontagne, The Gil Evans Orchestra, Ben E. King, Tricky, Prince Paul, The Groove Collective, Jack McDuff, Steven Bernstein, Dr. Lonnie Smith, Sir Coxsone Dodd e Pinetop Perkins.

Jaleel Shaw, considerado um dos mais promissores músicos de jazz pela Associação de Jornalistas de Jazz no verão de 2008, nasceu em Filadélfia – Pensilvânia, em 1978, onde aprendeu saxofone com os professores Rayburn Wright e Robert Landham. Estudou também com o professor Lovette Hines e acompanhou, em digressões regulares, o contrabaixista Christian McBride, o organista Joey Defrancesco, os bateristas Johnathan Blake & Ari Hoenig, o vocalista Bilal, o trompetista Daud El-Bakara e o teclista Kamal do The Roots. Contudo, Jaleel Shaw desenvolveu a sua actividade musical principalmente em três grupos: The Roy Haynes Quartet, The Mingus Big Band e nos seus próprios Quarteto e Quinteto.

Na bateria, EJ Strickland é descrito por Thomas Conrad, da Downbeat Magazine, como “um campo de energia acumulada com um poder de uma tempestade que se aproxima”. Nascido em Gainesville, em 1979, cresceu em Miami – Florida. Encontrou grandes referências artísticas em bateristas como Elvin Jones, Philly Joe Jones, Roy Haynes, Tony Williams, Jeff "Tain" Watts, Brian Blade e muitos outros. Registou mais de 25 álbuns com vários artistas e em Maio deste ano lançou finalmente o seu tão aguardado álbum de estreia como líder, – “In This Day”.

Josh Ginsburg percorreu o mundo, tocando ao lado de músicos notáveis como Kenny Barron, Terence Blanchard, Tom Harrell, Mulgrew Miller, Bobby Watson, Ralph Peterson, Mark Turner, Kurt Rosenwinkle, George Colligan, Marcus e E.J. Strickland, Robert Glasper, Craig Handy, Mark Whitfield, Winard Harper, John Ellis e Jeremy Pelt. Nasceu em Baltimore, Maryland, em 1976, e foi membro da Jazz Ahead no Kennedy Center e da Thelonious Monk Institute's Jazz Colony no Snowmass.

Al Foster 5tet (com George Colligan)- Jean-Pierre


Quinta, 19 de Novembro | 22h00
Overtone Quartet
Jason Moran, Dave Holland, Chris Potter & Eric Harland


O Overtone Quartet é uma formação composta por Dave Holland, uma referência fundamental da história do jazz, e três excelentes músicos – Chris Potter, Jason Moran e Eric Harland.

Dave Holland nasceu em Wolverhampton - Inglaterra, em 1946, e é considerado pela crítica um dos mais influentes e criativos contrabaixistas do jazz. O trajecto musical desta grande personalidade fala por si; teve o privilégio de tocar com nomes cimeiros do jazz como Miles Davis, Chick Corea, Anthony Braxton, Stan Getz, Thelonious Monk, Jack DeJohnette, Herbie Hancock, Pat Metheny, Wayne Shorter, entre outros. A carreira de Dave Holland tem sido distinguida pelas suas qualidades artísticas e pela sua associação com excepcionais instrumentistas, tendo-lhe proporcionado a realização de obras discográficas marcantes para o jazz. A solo, em trio, em quarteto, em quinteto, em octeto ou integrado numa Big Band que dirige há alguns anos, Dave Holland é uma presença única e notável que preenche palco.

Chris Potter nasceu em Chicago, em 1971, mas a sua "escola" fez-se na cidade de Nova Iorque, onde chegou com 18 anos. Começou a tocar com o trompetista Red Rodney, personagem essencial do jazz que acompanhou Charlie Parker no seu período áureo. Foi aluno do pianista Kenny Werner, tendo depois tocado com ele. Chris Potter já acompanhou Jim Hall, Ray Brown, Marian McPartland, James Moody, Steve Swallow, Larry Carlton, Paul Motian, John Patitucci ou os Steely Dan e toca ocasionalmente na Mingus Big Band. Considerado um dos jovens saxofonistas mais brilhantes da cena jazzística actual, Chris Potter entusiasma as assistências em toda a parte onde se apresenta porque detém um invulgar domínio técnico do instrumento, capaz de influenciar a qualidade da sua performance, aliando a tudo isto uma capacidade inventiva fora de comum.

Jason Moran é um pianista e um compositor de reputação invejável. Nasceu em Houston, em 1975, e vive actualmente em Nova Iorque. O estilo intimista é visível na forma como executa o piano no seu trio “The Bandwagon” e como desenvolve as suas ideias quando acompanha artistas como Cassandra Wilson, Steve Coleman, Greg Osby e Stefon Harris. Quer como líder, quer como solista, já recebeu, por parte da crítica, os mais diversos elogios pelas suas actuações nos mais importantes clubes e festivais de jazz de todo o mundo.

O baterista Eric Harland nasceu em Houston, em 1978. Apesar de muito jovem já tocou e gravou com inúmeros músicos, entre os quais se devem destacar Betty Carter, Wynton Marsalis, Terence Blanchard, Stefon Harris, Joe Henderson, Greg Osby, Kenny Garrett, Michael Brecker, Ravi Coltrane, Geri Allen, McCoy Tyner, entre muitos outros. Segundo o New York Times, Eric Harland "marca o ritmo do futuro do jazz".

Overtone Quartet - Berlim 6 de Novembro de 2009


Sexta, 20 de Novembro | 22h00
Cassandra Wilson


Cassandra Wilson iniciou a sua carreira nos anos 70, explorando as suas capacidades vocais por uma variedade de ritmos e de estilos musicais, tendo atingido um enorme sucesso nos anos 90.

Nessa década foi considerada uma das maiores cantoras da cena jazzística mundial, estatuto que mantém até aos dias de hoje. Premiada este ano com um Grammy na categoria de “Melhor Disco de Jazz Vocal”, Cassandra Wilson é possuidora de uma voz singular, dotada de um conjunto de características muito próprias que a colocam como uma das referências fundamentais desta música. Editado pela Blue Note, o álbum "Loverly" que lhe valeu o segundo Grammy da sua carreira, foi descrito pela crítica americana como "absolutamente imperdível". Responsável pela produção deste trabalho, Cassandra Wilson escolheu uma casa na sua cidade natal, em Jackson – Mississippi, para compor o material sonoro contido neste álbum: "já trabalhei com grandes produtores, mas este era um trabalho tão pessoal que quis produzi-lo eu mesma".

Nascida em Dezembro de 1955, Cassandra Wilson estudou piano e guitarra, antes de se concentrar na voz e lançar o seu primeiro disco "Point of View", há mais de vinte anos. Depois de um ano em Nova Orleães, mudou-se para Nova Iorque, em 1982, e começou a trabalhar com Dave Holland e Abbey Lincoln. Conhece Steve Coleman e passa a ser a voz principal do movimento M-Base. Trabalhou com o grupo New Air e gravou o seu primeiro álbum como líder, em 1985. Desde então, a publicação de novos álbuns sucede a um ritmo considerável, apresentando uma música caracterizada por um estilo bastante próprio, com uma musicalidade distinta e versátil. Cassandra Wilson foi considerada pela revista Time, “a mais importante e ousada vocalista de jazz” no mesmo ano em que recebeu o seu primeiro Grammy pelo álbum “New Moon Daughter”. Ao longo da sua carreira Cassandra Wilson soube encontrar novas formas de abordagem musical sobre temas populares e reinterpretar de uma maneira criativa e renovada, velhos sucessos do country, blues e folk music. Em 1997 integrou o projecto de Wynton Marsalis, "Blood on the Fields" e em 2000 gravou "Traveling Miles" – um excelente tributo a Miles Davis.

Cassandra Wilson & Marcus Miller - Tutu


Sábado, 21 de Novembro | 18h00
Big Band da ESMAE dirigida por George Colligan

Após uma semana de workshop, os alunos da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto sobem ao palco do Pequeno Auditório do Centro Cultural Vila Flor para formarem uma big band conduzida por George Colligan e apresentarem um concerto concebido para o Guimarães Jazz 2009.
Nos festivais realizados entre 1998 e 2003 desenvolveram-se vários projectos de Big Band, que incluíam uma orquestra formada por músicos portugueses e europeus. Este grupo alargado de instrumentistas preparava durante três dias de intensivos ensaios, um programa musical delineado exclusivamente para o Festival. A orquestra era dirigida por um compositor/director convidado, internacionalmente reconhecido. Esta experiência foi muito útil porque deu aos vários elementos da organização do Guimarães Jazz a possibilidade de prepararem várias produções para o acontecimento, podendo testar a sua capacidade de resposta perante os projectos desenvolvidos, assim como a competência da sua concretização no conjunto das rotinas necessárias à produção de espectáculos. Em 2005 sentiu-se a necessidade de fazermos algumas mudanças no processo e, mantendo a ideia original, iniciou-se a preparação de um novo projecto para Big Band, utilizando-se então a Big Band da ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo). Esta orquestra composta por jovens músicos em formação cumpre uma intensa semana de ensaios, na preparação de um concerto integrado no programa do Festival.

Sábado, 21 de Novembro | 22h00
Dave Douglas and Blood Sweat Drum n Bass Big Band
“A Single Sky, Dave Douglas with Blood Sweat Drums and Bass Big Band with Jim McNeely direction” - 1ª Parte
“Blood Sweat Drums and Bass Big Band with Dave Douglas” - 2ª Parte


Dave Douglas, um dos músicos de referência do jazz actual, sobe ao palco do Grande Auditório do CCVF com a Blood Sweat Drum'n Bass Big Band para encerrar o Guimarães Jazz e apresentar um espectáculo concebido para a edição deste ano que conta com a participação de uma grande formação de jovens músicos dinamarqueses e com a direcção musical de Jim McNeely – um pianista e director de orquestra internacionalmente reconhecido.

Este concerto apresenta o novo projecto de Dave Douglas para big band com a direcção de Jim McNeely e a música da Blood Sweat Drum'n Bass Big Band, tendo Dave Douglas como músico solista.
Nomeado duas vezes para os prémios Grammy, Dave Douglas é indiscutivelmente o mais prolífico e original trompetista da sua geração, assim como um excelente compositor, colhendo elogios tanto dos sectores mais antigos e conservadores, bem como dos mais actuais e contemporâneos. Nasceu em New Jersey, em 1963, e estudou em Boston, primeiro na Berklee School of Music e depois no New England Conservatory. Mudou-se para Nova Iorque em 1984, onde se inscreveu na New York University e estudou com Carmine Caruso. Rapidamente ganhou estatuto, tanto a nível nacional como internacional, sendo aclamado como trompetista, compositor e “artista do ano” pelas revistas Downbeat e Jazz Times. Começou a sua carreira a solo em 1993, com “Parallel Worlds na etiqueta Soul Note” e em 2005 lançou a sua própria editora - a Greenleaf Music - tendo sido no mesmo ano premiado com um Guggenheim Fellowship. Dave Douglas é actualmente director artístico do Workshop in Jazz e do Creative Music no Banff Center, Canadá, e co-fundador e director do Festival of New Trumpet Music, que este ano comemora 7 anos. Para além dos seus próprios grupos musicais, Dave Douglas integra ainda o John Zorn Masada Quartet e trabalha com Anthony Braxton, Don Byron, Joe Lovano, Miguel Zenon, Uri Caine, Bill Frisell, Cibo Matto, Mark Dresser, Han Bennink e Misha Mengelberg. O seu estilo é caracterizado pela utilização de uma estética muito pessoal que reflecte um enorme campo de influências diversas, indo de Igor Stravinsky a Stevie Wonder e a John Coltrane. Como compositor, Dave Douglas adapta e sintetiza formas musicais pouco usadas, utilizando elementos sonoros díspares e contrastantes. Como trompetista, possui uma técnica de execução abrangente, mas o aspecto mais expressivo nele existente é a integração de uma abordagem peculiar e pessoal usada na composição cujos conceitos improvisados têm marcado os seus trabalhos mais recentes.

A Blood Sweat Drum'n Bass Big Band é uma big band experimental, que desenvolve um interessante trabalho de redefinição musical do campo de actuação mais ou menos atribuído a grandes grupos de instrumentos. Dave Douglas executará composições da sua autoria e participará como solista convidado na execução de temas do repertório desta grande orquestra. Com este concerto pretende-se expandir ainda mais os horizontes conferidos a este formato musical, incrementando novas visões e novas experiências.

Blood Sweat Drum n Drum Big Band - Roskilde 2007


Actividades paralelas

15 de Novembro | 23h00 aprox. (no final do concerto do Projecto TOAP/Guimarães Jazz)
Lançamento do CD "Guimarães Jazz/TOAP Colectivo Vol.3"

O concerto deste ano do Projecto TOAP/Guimarães Jazz é marcado pelo lançamento do CD “Guimarães Jazz/TOAP Colectivo Vol.3” gravado em directo no concerto do Festival do ano transacto, que contou com a participação de Ben Monder (guitarra), Matt Pavolka (contrabaixo), Peter Rende (piano), Alexandre Frazão (bateria) e João Moreira (trompete).

12, 13 e 14 de Novembro | 24h00
Jam Sessions
Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor

15 de Novembro | 24h00
16 e 17 de Novembro | 22h00
Jam Sessions
São Mamede – Centro de Artes e Espectáculos

19, 20 e 21 de Novembro | 24h00
Jam Sessions
Convívio Associação Cultural

16 e 17, 19 e 20 de Novembro | das 14h30 às 17h30
Oficinas de Jazz
George Colligan Quintet


ASSINATURA GUIMARÃES JAZZ € 90,00

Fonte http://www.ccvf.pt/

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