sexta-feira, 7 de maio de 2010
Jazz em Oeiras
SOM DA SURPRESA 2010
CICLO INTERNACIONAL DE JAZZ DE OEIRAS
AUDITÓRIO MUNICIPAL EUNICE MUÑOZ - Oeiras
O Jazz volta à Vila de Oeiras com a sétima edição do SOM DA SURPRESA – Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras, com concertos a realizar no Auditório Municipal Eunice Muñoz, durante o mês de Maio – dias 7, 8, 21 e 22, às 22:00 horas.
A presente edição irá destacar o trabalho actual de alguns dos melhores solistas de jazz norte-americanos dos últimos anos. Serão apresentados três trios e um septeto, que reúnem intérpretes e compositores muito criativos, cuja produção musical é particularmente aliciante. DONNY McCASLIN TRIO (dia 7), DON BYRON “IVEY DIVEY” TRIO (dia 8), EDWARD SIMON TRIO (dia 21) e JAMIE BAUM SEPTET (dia 22), permitem ouvir estéticas bem diferentes mas complementares, nesta área da música improvisada, com características que vão das abordagens latino-americanas com vivência jazzística (caso da música do pianista EDWARD SIMON), às sonoridades mais contemporâneas do saxofone tenor (na música imaginativa de DONNY McCASLIN) e do clarinete (nas improvisações de DON BYRON), passando pela linguagem do “jazz de câmara” (obras da flautista JAMIE BAUM).
Programa
07. MAI (6ª feira) – 22h - DONNY McCASLIN TRIO
DONNY McCASLIN – saxofones tenor e soprano
SCOTT COLLEY – contrabaixo
ANTONIO SANCHEZ – bateria
08.MAI (Sábado) – 22h - DON BYRON IVEY DIVEY TRIO
DON BYRON – clarinete, saxofone tenor
URI CAINE – piano
TONY JEFFERSON – bateria
21.MAI (6ª feira) – 22h - EDWARD SIMON TRIO
EDWARD SIMON – piano
JOE MARTIN – contrabaixo
HENRY COLE – bateria
22.MAI (Sábado) – 22h - JAMIE BAUM SEPTET
JAMIE BAUM – flautas, direcção
TAYLOR HASKINS – trompete
DOUG YATES – clarinete baixo, saxofone alto
CHRIS KOMER – trompa
GEORGE COLLIGAN – piano
JOHANNES WEIDENMULLER – contrabaixo
JEFF HIRSHFIELD – bateria
Biografias
DONNY McCASLIN
Nascido em Santa Cruz, na Califórnia, em 1966, foi através do pai, pianista e vibrafonista de jazz, que começou a interessar-se por esta música e pelo saxofone tenor, com apenas 12 anos. Ainda estudava no liceu quando se deslocou à Europa pela primeira vez, integrando a All-Stars Big Band do Festival de Jazz de Monterey. Estudou no Berklee College of Music, em Boston.
Entre 1987 e 1991, foi membro do Quarteto de Gary Burton, vibrafonista que havia sido seu professor em Boston. Em 1991, foi residir para Nova Iorque, trabalhando primeiro com o contrabaixista Eddie Gomez e, mais tarde, no famoso grupo Steps Ahead, com o qual gravou o CD “Vibe” (NYC Records-1995).
Como solista, colaborou em duas importantes orquestras: a Ken Schaphorst Big Band e a Maria Schneider Jazz Orchestra. Nesta última, teve oportunidade de gravar o aclamado disco “Concert in the Garden” (Artist Share-2004), relativamente ao qual foi nomeado para um Grammy pelo “Melhor Solo Instrumental de Jazz”. Tocou durante anos com David Binney e igualmente com Dave Douglas, até 2005. Nos últimos anos, graças ao facto de ter consolidado um estilo (no saxofone tenor) altamente criativo e tecnicamente perfeito, DONNY McCASLIN tem sido convidado a tocar nos grupos de Danilo Perez, Luciana Souza, Tom Harrell, Brian Blade, Pat Metheny, John Pattitucci e na Mingus Big Band.
No nosso país, já se apresentou no Hot Clube de Portugal e na Fundação de Serralves, no Porto. Em 2006, a Associação de Música de Câmara America atribuiu-lhe uma bolsa para apoio à composição no jazz.
Da sua discografia destacam-se: “Give and Go” (Criss Cross-2005), “SOAR” (Sunnyside-2005), “In Pursuit” (Sunnyside-2006), “Don McCaslin Trio” (Greenleaf Music-2008) e “Declaration” (Sunnyside-2009).
DON BYRON
Durante 20 anos, como clarinetista ou saxofonista, DON BYRON tem amadurecido um estilo, uma linguagem fora do vulgar, explorando de forma inteligente um virtuosismo e uma criatividade serena pouco comum em músicos da sua geração. Nascido no Bronx, em Nova Iorque, em 1958, o pai era contrabaixista e a mãe pianista. Estudou clarinete e saxofone, tendo posteriormente trabalhado durante anos com George Russell, no Conservatório de Música da Nova Inglaterra. Tocou com praticamente todos os mais destacados músicos, activos, em Nova Iorque, nos anos 70, 80 e 90, nomeadamente a Orquestra de Duke Ellington, John Hicks, Bill Frisell, Hamiet Bluiett, Anthony Braxton, Geri Allen, Reggie Workman, David Murray, Leroy Jenkins, D.D. Jackson, Steve Coleman, Ralph Peterson, Steve Lacy, Uri Cane, entre muitos outros.
Entre 1996 e 1999, foi director artístico do Departamento de Jazz na Academia de Brooklyn. Entre 2000 e 2005, colaborou e coordenou a cadeira de clarinete no Espaço Sinfónico de Nova Iorque, onde dirigiu uma orquestra. Escreve regularmente para companhias de dança, musicou diversas peças de teatro, criou música para cinema e televisão, tendo inclusivamente participado nos filmes “Kansas City” de Robert Altman e “Lulu on the Bridge” de Paul Auster. É extensa a lista de obras que lhe têm sido encomendadas, para orquestras, grupos de câmara, duos, e várias outras formações instrumentais. Desde o seu primeiro CD, “Tuskegee Experiments” (1992), gravou mais de 10 discos que receberam elogiosas críticas, e que são obras nas quais o clarinete, o clarinete baixo e o saxofone barítono são privilegiados.
Da sua discografia mais recente, destacam-se: “Romance with the Unseen” (Blue Note-1999), “A Fine Line: Arias and Lieder” (Blue Note-2000), “You are # 6” (Blue Note-2001), “Ivey-Divey” (Blue Note-2004) e “Do the Boomerang-The Music of Junior Walker” (Blue Note-2006).
EDWARD SIMON
Nasceu na Venezuela, em 1969, rodeado por sonoridades latinas da música das Caraíbas. Foi o pai quem incentivou tanto EDWARD como os irmãos Marion e Michael, a estudar música. Nos EUA, matriculou-se na Escola de Artes Performativas de Filadélfia, terminando o curso de música com apenas 15 anos. Depois, foi-lhe atribuída uma bolsa para prosseguir os seus estudos musicais na Universidade das Artes de Filadélfia, onde estudou piano clássico. Aos 18 anos, matriculou-se no curso de piano jazz na Escola de Música de Manhattan, onde trabalhou com Harold Danko. A partir de 1989, reside em Nova Iorque, tendo começado por colaborar com Greg Osby, Jerry Gonzalez, Bobby Hutcherson Herbie Mann, Kevin Eubanks e Paquito D’ Rivera. Entre 1989 e 1994, foi pianista no grupo “Horizon”, dirigido por Bobby Watson, e, de 1994 a 2002, no grupo liderado por Terence Blanchard.
Em 2000, muito preocupado em alargar as fronteiras da música improvisada, constituiu, com o seu amigo David Binney, o quarteto “Afinidad”, que incluía o contrabaixista Scott Colley e o baterista António Sanchez. Este quarteto deu origem a dois CD’s, “Afinidad” (Red Records-2001) e “Oceanos” (Criss Cross-2007). No final de 2007, foi-lhe atribuída uma bolsa para apoio à composição, em 2008 e 2009, na qual se baseou ao criar “Sorrows and Triumphs”, para aquele mesmo quarteto e músicos convidados. Em 2003, para divulgar a música étnica da Venezuela, constituiu o “Ensemble Venezuela”, que se dedicou à fusão do jazz com o folclore do seu país de origem. Dois anos mais tarde, a associação “Chamber Music America” atribui-lhe um prémio pecuniário a fim de compor e interpretar a “Suite Venezuelana”, obra extensa combinando jazz, música de câmara e música étnica da Venezuela. Solista exemplar, no início muito próximo de Chick Corea, EDWARD SIMON, executa uma música enérgica, com ideias complexas mas num formato directo e comunicativo, presentes em composições originais muito criativas. Professor de piano em diferentes escolas dedicadas ao jazz é, presentemente, pianista do famoso “San Francisco Jazz Collective”, octeto com o qual se apresentou recentemente em Portugal.
Da sua discografia destacam-se os seguintes CD’s: “Beauty Within” (Audioquest-1994), “Edward Simon” (Criss Cross-1995), “The Process” (Criss Cross-2003), “Simplicitas” (Criss Cross-2004), “Unicity” (Cam Jazz-2006) e “Poesia” (Cam Jazz-2009).
JAMIE BAUM
É um facto que os flautistas de jazz são raros: Eric Dolphy, Hubert Laws, Herbie Mann, James Newton, Kent Jordan e poucos mais. Mulheres, JAMIE BAUM é das poucas que se destacam. Flautista e compositora de craveira superior, é natural de Nova Iorque, onde nasceu no final dos anos 60.
Estudou no Conservatório de Música da Nova Inglaterra e na Escola de Música de Manhattan, tendo-se licenciado como flautista e compositora na primeira destas escolas. Teve oportunidade de tocar com George Russell, Randy Brecker, Donald Brown, Kenny Barron, Tom Harrell, Kenny Werner, Dave Douglas, Uri Caine e Paul Motion, entre muitos outros. Este seu septeto foi formado em 1999 com o objectivo de interpretar a música composta pela flautista, como se de um grupo de jazz de câmara se tratasse. Os temas são muito versáteis, com enorme musicalidade, permitindo passagens bem harmonizadas em contraste com imaginativos solos dos membros do septeto. Através da audição da sua música, JAMIE BAUM demonstra-nos que as estruturas mais sofisticadas da música de câmara não são de modo algum incompatíveis com a espontaneidade, o espírito e o swing da linguagem do jazz.
O mais importante do seu trabalho discográfico está incluído nos seguintes CD’s: “Undercurrents” (Konex-1994), “Sight Unheard” (GM Records-1997), “Moving Forward, Standing Still” (Omnitone-2004) e “Solace” (Sunnyside-2008).
Produção artística: SOM DA SURPRESA, Lda.
Organização: Câmara Municipal de Oeiras
Informações e reservas (2ª a 6ª feira, entre as 14H00 e as 19H00):
214 408 582 / 24 - paulo.afonso@cm-oeiras.pt - www.cm-oeiras.pt
BILHETEIRA
PREÇO DOS BILHETES: 7,50 € (plateia e balcão)
LOCAIS DE VENDA:
Auditório Municipal Eunice Muñoz (Tel. 214 408 411): dias de espectáculo, a partir das 15H00;
Loja de divulgação e informação municipal, no Centro Comercial Oeiras Parque: diariamente, entre as 10H00 e as 20H00;
CAMB – Centro de Arte Manuel de Brito (214 111 400): de 3ª Feira a Domingo, das 12H00 às 18H00;
Lojas Fnac; Agências Abreu; Lojas Worten; Pontos Megarede; C.C. Dolce Vita; El Corte Inglês e www.ticketline.pt (Reservas: 707 234 234).
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