segunda-feira, 26 de abril de 2010
Jazz n' Gaia 2010
JAZZ n'GAIA 2010
Festival Internacional de Jazz
29 de Abril a 1 de Maio, 21.30h
Teatro d'Avenida (Gaia)
Hermeto Pascoal junta-se a Toots Thielemans como cabeça-de-cartaz do 4º Jazz’n Gaia, que decorre nesta cidade entre os dias 29 de Abril e 1 de Maio. O programa do evento, já um clássico nos roteiros de jazz contempla ainda Jacinta, Gileno Santana Quartet e Maria João com o projecto Ogre.
Os bilhetes já estão à venda na no El Corte Inglés, Fnac Gaia e Auditório Municipal (Passaporte Cultural)
29 Abril - Jacinta (21h30)
15 euros (10 euros com Passaporte Cultural)
30 Abril – GS Quartet + Hermeto Pascoal E Aline Morena Duo (21h30)
20 euros (15 euros com Passaporte Cultural)
01 Maio – Maria João/Ogre + Toots Thielemans (21h30)
20 euros (15 euros com Passaporte Cultural)
Jacinta - Redemption Song
Agenda Semanal, 26 de Abril a 2 de Maio
Segunda, 26 de Abril
23.30h – Catacumbas (Lisboa) – Quarteto Paulo Lopes
Terça, 27 de Abril
23.30h – Catacumbas (Lisboa) – Messias & The Hot Tones
Quarta, 28 de Abril
18.30h – Casa Fernando Pessoa (Lisboa) – Combo do Hot Club
21.30h – Jazz ao Norte (Porto) – Sandro Norton Quarteto
22.30h – Braço de Prata (Lisboa) - PEDRO ESTEVES (guitarra e voz) E FILIPE RAPOSO (piano)
Quinta, 29 de Abril
18.00h – FNAC Santa Catarina (Porto) – Budda Power Blues
21.30h – FNAC (Guimarães) – Budda Power Blues
21.30h – Teatro Helena Sá e Costa (Porto) - Carlos Barretto Trio: Lokomotiv
21.30h – Teatro d’Avenida (Gaia) - Jacinta
22.00h – FNAC Santa Catarina (Porto) – António Pinho Vargas
22.30h – Ondajazz (Lisboa) - HMB
23.00h – Braço de Prata (Lisboa) - RODRIGO SANTOANASTACIO QUARTETO
Sexta, 30 de Abril
20.00h – FNAC Alfragide (Amadora) – Yemanjazz
21.30h – Auditório de Espinho - Orquestra de Jazz da Escola Profissional de Música de Espinho
21.30h – Teatro d’Avenida (Gaia) - GS Quartet + Hermeto Pascoal Duo
22.00h – Coliseu (Porto) – Ney Matogrosso
22.00h – Cine-teatro de Castro Verde – Orquestra de Jazz de Lagos
22.00h – Salão Brazil (Coimbra) - El Fad (José Peixoto)
22.00h – Braço de Prata (Lisboa) - JÚLIO RESENDE e convidados
22.30h – Ondajazz (Lisboa) – Big Band Reunion
22.30h – FNAC Chiado (Lisboa) - Pedro Abrunhosa & Comité Caviar
23.30h – Teatro Vilaret (Lisboa) – Nicole Eitner
24.00h – Braço de Prata (Lisboa) - Bluzz
Sábado, 1 de Maio
21.30h – Museu do Oriente (Lisboa) - Kokusyoku Sumire
21.30h - Centro de Negócios Transfronteiriço (Elvas) – Sérgio Godinho
21.30h – Teatro d’Avenida (Gaia) - Maria João/Ogre + Toots Thielemans
22.00h – Coliseu dos Recreios (Lisboa) – Ney Matogrosso
22.00h – Casa da Música (Porto) – Fausto
22.00h – Avenida da Liberdade (Barcelos) – Rui Veloso
22.30h – Ondajazz (Lisboa) – Suzye’s Velvet
22.30h – Casa das Artes (Arcos de Valdevez) - Paulo de Carvalho & Victor Zamora
23.00h – A Moagem (Fundão) - Gonçalo Prazeres Quarteto
Domingo, 2 de Maio
22.00h – Coliseu dos Recreios (Lisboa) – Ney Matogrosso
22.00h – Casa da Música (Porto) – Pedro Abrunhosa
sábado, 24 de abril de 2010
Ruínas
Demian Cabaud Quarteto
19 de Abril, 18.00h
Festa do Jazz
Teatro-estúdio Mário Viegas (Lisboa)
Radicado em Portugal há já cinco anos, membro da Orquestra de Jazz de Matosinhos, o contrabaixista argentino Demian Cabaud tem sabido impor-se como um dos mais respeitados músicos do jazz nacional no respectivo instrumento, apresentando-se ao lado dos mais reputados músicos nacionais e estrangeiros que por aqui têm passado. Paralelamente desenvolve, desde 2008, um projecto em quinteto, como líder, ao lado de músicos variados como o seu compatriota Leo Genovese, o israelita Ohad Talmor, os norte-americanos Phil Grenadier e Gerald Cleaver e ainda os portugueses, seus colegas da OJM, José Pedro Coelho, João Guimarães e Marcos Cavaleiro.
Depois da estreia em 2008 com Naranja, surge agora Ruínas, apresentado na Festa do Jazz do São Luiz e colocado à venda durante esta semana.
O trompete de Grenadier cedeu o lugar ao saxofone alto de João Guimarães, mantendo-se no entanto o essencial da sonoridade do quinteto.
Sucede contudo que o pianista argentino não esteve presente nesta apresentação no São Luiz, o que teve por consequência que o quinteto se transformou num inusitado quarteto com dois saxofones, alto e tenor, e sem instrumento harmónico.
Uma aposta ousada que ainda assim se impôs face à qualidade dos músicos envolvidos e à irreverência das composições de Cabaud.
Os temas soaram contudo mais exploratórios e experimentais do que efectivamente são, a fazer fé nos discos. Uma nova faceta bem explorada pelo contrabaixista, que se desdobrou em funções diversas e menos habituais, bem secundado pelo baterista Marcos Cavaleiro, verdadeiro motor da formação.
No entanto não posso deixar de referir que foi uma faceta redutora e até de certo modo enganadora, atenta a qualidade dos arranjos para quinteto.
Como experiência foi seguramente assinalável e conseguida, capaz de ganhar novos públicos à formação. Mas não resisto a concluir que prefiro a presença do piano, ainda por cima entregue a um músico de enorme qualidade como Leo Genovese…
Septeto do HCP na Festa do Jazz
SEPTETO DO HOT CLUBE DE PORTUGAL
18 de Abril, 22.30h
Festa do Jazz 2010
Teatro São Luiz (Lisboa)
Liderado pelo guitarrista madeirense Bruno Santos, director pedagógico da escola de jazz Luís Villas-Boas do Hot Club de Portugal, acompanhado por mais seis docentes daquela escola, este septeto foi seguramente uma presença oportuna no dia em que foi assinado o protocolo entre aquela instituição e a Câmara Municipal de Lisboa que irá permitir ao pioneiro clube dispor de uma nova sala na Praça da Alegria, depois do incêndio que destruiu a histórica cave que lhe servia de sede há mais de sessenta anos.
Emoções à parte há que dar os parabéns ao guitarrista pelo trabalho desenvolvido e que teve recentemente direito a ser imortalizado em disco editado pela TOAP.
Quem conhece a obra do guitarrista em trio, ou mesmo no quarteto/quinteto que tem mantido com o pianista Filipe Melo, não deixa de ser surpreendente constatar a versatilidade das suas composições e arranjos, que se transformam ao sabor das formações, dos belos sussurros free-bossa do Trioangular, até ao swing voluptuoso da parceria com Filipe Melo, passando, claro está, pelas referências free-bop que, de modo esclarecido e perspicaz, desenvolve neste septeto. Há uma linha desconstrutiva nas composições que denuncia a personalidade criativa do compositor, mas tudo o resto é surpreendentemente diverso, se bem que igualmente eficaz.
O desafio é tanto mais conseguido quanto se dirige a uma formação alargada de sete músicos, multiplicando assim as dificuldades e também, felizmente, as recompensas.
É certo que Bruno Santos recorre frequentemente ao desdobramento desta formação em sucessivos trios, quartetos e quintetos, o que poderá facilitar um pouco a tarefa. Não obstante não acredito que os fanáticos da polifonia dêem o seu tempo por mal empregue ao ouvir esta formação, ganhando com isso os restantes a possibilidade de apreciarem, de modo sucessivo e mais particularizado, as inegáveis qualidades de solistas dos vários músicos envolvidos.
Com um repertório quase exclusivamente composto por originais, que fundem de modo personalizado a tradição com a contemporaneidade, este septeto afirma-se assim como uma formação de méritos próprios digna de figurar entre os mais conseguidos projectos actuais do jazz nacional, reunindo duas gerações de músicos saídos da escola do Hot para o mundo e agregando as suas múltiplas experiências e sensibilidades musicais.
Um projecto com pernas para andar e que merece ser ouvido com a máxima atenção.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Imyra
17 CENAS DE IMYRA
quinta-feira, 22 de Abril de 2010 às 22:30
Sexta-feira, 23 de Abril de 2010 às 1:30
Ondajazz (Lisboa)
Afonso Pais (guitarra, piano)
Jorge Reis (saxofones, violino)
Tomás Pimentel (trompete, flugel, piano)
Luís Cunha (trombone, flauta, piano)
Yuri Daniel (contrabaixo)
Alexandre Frazão (bateria)
Joana Machado (voz)
Tendo como ponto de partida a teia de arranjos e ambientes texturais originais, este septeto aposta na maleabilidade e diversidade tímbrica da formação, como forma de preservar a impressão digital de Taiguara sem no entanto a copiar integralmente. Para isto contribuem os arranjos de Afonso Pais, Tomás Pimentel e Luís Cunha, em que a instrumentação difere de tema para tema, por forma a imprimir uma sensação de movimento, a par da sucessão das músicas. Deste modo, o guião musical torna a actuação audível como uma só estória, ao invés de vários pequenos episódios.
Cantada e narrada em português, musicalmente pontuada das mais diversas influências, esta reinterpretação do universo criativo de Taiguara transparece uma mensagem tangível e sólida, tão insinuante no sentido estético, quanto profunda no seu conteúdo.
17 Cenas de Imyra, 17 episódios musicais, o simbolismo do número 7, 7 músicos.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Abril Jazz Mil
Abril Jazz Mil
24 de Abril
Sociedade Fil. Humanitária - PALMELA
"Abril Jazz MIl" é um projecto que começou em 2009 e pressupõe ser uma iniciativa de cariz pedagógico, que através de um Workshop e Concertos proporcione à Comunidade Educativa e ao público em geral um contacto próximo com esta linguagem musical - o Jazz. A programação é composta por alguns artistas Portugueses de topo nesta àrea musical.
Organização: Sociedade Filarmónica Humanitária e Conservatório Regional de Palmela
Apoios: Câmara Municipal de Palmela, Yamaha, Antena 2, Rádio SIM
Contactos: geral@sfh.pt | 212350235
Programa
15:00
Workshop improvisação - Paulo Gaspar
21:30
Jazz Pictórico - José Soares evPolitonia convida São Nunes
Quatro músicos | Uma artista plástica | Uma tela | Sombra chinesa | Pintura/música improvisada
José Soares – Guitarra | Mário Franco – Contrabaixo | Gonçalo Prazeres – Saxofone | João Lencastre – Bateria | São Nunes – Artes Plásticas
22:30
"Tributo a Benny Goodman" - Paulo Gaspar and friends
Paulo Gaspar clarinete | Jeffery Davis vibrafone | Óscar Graça piano | Eduardo Lopes bateria
23:30
Jam Session
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Temos Hot!
Foi assinado na passada sexta-feira um protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Hot Clube de Portugal para cedência do nº 47 e 49 da Praça da Alegria e apoio financeiro, para instalação do novo espaço do Hot Clube de Portugal.
Quatro meses volvidos desde o incêndio de Dezembro, o histórico clube de jazz da Praça da Alegria volta a ter um espaço que, pese embora não seja no mesmo edifício (o velho edifício já foi demolido e aguarda a definição do seu futuro em Tribunal) é na Praça da Alegria, apenas algumas portas abaixo, e preserva intocado o espírito único do histórico Hot.
É seguramente um dia de Festa para todos os amantes do jazz, adequadamente celebrado na Festa do Jazz no Teatro São Luiz.
Agora resta esperar pela conclusão das obras, que se prevê durarem até ao próximo Outono, para que a alegria do jazz volte à Praça lisboeta com o mesmo nome.
Saudades...
Budja Ba em Almada
Melech Mechaya
25 de Abril, 21.30h
Fórum Romeu Correia (Almada)
Melech Mechaya é uma viagem festiva pela música klezmer, com uma sonoridade contagiante que une aromas árabes e ritmos ciganos à tradição judaica. Da Hungria a Israel, dos Balcãs a Nova Iorque, são festas e celebrações de público em pé e cadeiras vazias. Entre o riso e a dança, uma pândega não aconselhada a cardíacos!
João Graça: violino / violin;
Miguel Veríssimo: clarinete / clarinet;
André Santos: guitarra / guitar;
João Sovina: contrabaixo / double-bass;
Francisco Caiado: percussão / percussion.
Sérgio Milhano: técnico de som / sound engineer;
Ivo Cordeiro: fotógrafo / photographer;
Rodrigo Lameiras: pós-produção / post-production.
Melech Mechaya - Dança do Desprazer
domingo, 18 de abril de 2010
ADUF no São Luiz
Aduf
José Salgueiro & José Peixoto
20 de Abril, 21.30h
Teatro São Luiz (Lisboa)
Há muito tempo que o panorama musical europeu não via um projecto com tanta originalidade e capacidade de seduzir públicos de várias áreas. Aduf é música portuguesa em perfeita harmonia com ritmos árabes, africanos, flamencos, celtas, interpretada por um conjunto de músicos liderados pelo exímio percussionista José Salgueiro e pelo estilo inconfundível do virtuoso guitarrista José Peixoto. Em Aduf procuram-se novas abordagens, contrastes, caminhos, diálogos com o passado assentes numa linguagem urbana e contemporânea. Aqui, a música, na sua verdade, não tem idade e a sua juventude é permanente e universal.
José Salgueiro percussão ,composição, concepção, arranjos
José Peixoto guitarra, composição, arranjos
Maria Berasarte voz
Sebastian Scheriff percussão
Ivo Costa percussão
João Correia percussão
João Contente percussão
David Leão sopros
Alexandre Diniz teclados
Luis Delgado som
Pedro Azevedo luz
Eduardo Salgueiro backline
Produção ADUFMÚSICA/José Salgueiro/José Peixoto, em co-apresentação com o SLTM
Agenda Semanal, 19 a 25 de Abril
Segunda, 19 de Abril
23.30h – Catacumbas (Lisboa) – Quarteto Pedro Teixeira
Terça, 20 de Abril
21.00h – São Luiz (Lisboa) – Aduf
21.30h – Museu Oriente (Lisboa) – Carmen Souza
22.30h – Ondajazz (Lisboa) – Cícero Lee
23.30h – Catacumbas (Lisboa) – Messias & The Hot Tones
Quarta, 21 de Abril
21.30h – Jazz ao Norte (Porto) – Quarteto Sandro Norton
22.00h – Zé dos Bois (Lisboa) - Times New Viking + Lee Ranaldo & Rafael Toral
22.30h – Braço de Prata (Lisboa) – Luís Figueiredo e o Lado B
Quinta, 22 de Abril
22.30h – Ondajazz (Lisboa) – 17 Cenas de Imyra
23.30h – Catacumbas (Lisboa) – Groove Inc.
Sexta, 23 de Abril
19.00h – APAV (Lisboa) - Ensemble Escola Luís Villas-Boas
21.30h – FNAC Alfragide – Nuno Costa
21.30h – Livraria Trama (Lisboa) – Quarteto Rui Pereira
21.30h – CC Vila das Aves – Júlio Resende Quarteto
22.00h – FNAC Mar Shopping (Matosinhos) - Combo E da Escola de Jazz do Porto
22.00h – Olga Cadaval (Sintra) – Nicole Eitner
22.00h – CC Lagos - Orquestra de Jazz de Lagos
22.00h - Braço de Prata (Lisboa) - Júlio Resende e convidados
22.30h – Ondajazz (Lisboa) – 17 Cenas de Imyra
22.30h – CC Cartaxo – Carlos Barretto Trio
23.30h – Catacumbas (Lisboa) - Groove4tet & Sam Barsh
24.00h - Braço de Prata (Lisboa) - Bruno Margalho trio
Sábado, 24 de Abril
17.00h – FNAC (Almada) – Nuno Costa
17.00h – FNAC (Braga) – Dixie Boys
21.30h – Cine Teatro Avenida (Castelo Branco) – Carmen Souza
21.30h – CC Paredes de Coura – Júlio Pereira
22.00h – FNAC Norte Shopping (Matosinhos) - Combo E da Escola de Jazz do Porto
22.00h – CCB (Lisboa) – Corey Harris
22.00h – Jazz ao Norte (Porto) - Kaja Draksler / Susana Silva Quarteto
22.00h – CC Vila Flor (Guimarães) – 20 Canções Para Zeca Afonso
22.00h - Braço de Prata (Lisboa) - UBU Quartet
22.30h – Braço de Prata (Lisboa) - Quarteto José Menezes
22.30h – Ondajazz (Lisboa) - Groove4tet & Sam Barsh
23.30h – Tertúlia Castelense (Maia) – Buddha Power Blues
24.00h - Braço de Prata (Lisboa) - Mr. Blues
Domingo, 25 de Abril
13.00h – CCB (Lisboa) – Corey Harris
17.00h – FNAC Braga - Combo E da Escola de Jazz do Porto
17.00h – FNAC Cascais Shopping – Nuno Costa
17.00h – FNAC Coimbra – Dixie Boys
17.00h – Teatro Virginia (Torres Novas) – Júlio Pereira
21.30h – Teatro Cinema Fafe – Jacinta
21.30h – Fórum Romeu Correia (Almada) – Melech Mechaya
domingo, 11 de abril de 2010
Festa do Jazz no São Luiz
8ª Festa do Jazz do São Luiz
16, 17 e 18 de Abril
Teatro São Luiz (Lisboa)
É já esta semana que a Festa do Jazz Nacional sobe aos palcos do São Luiz.
Já aqui publiquei o programa completo desta edição da Festa do Jazz, pelo que deixo-os com as palavras de boas vindas de Jorge Salavisa, o Director Artístico do São Luiz Teatro Municipal:
"Oito anos de perserverança, ânimo e esforço construiram a Festa do Jazz do São Luiz, a Festa do Jazz Português. E é com alegria que mais uma vez abrimos as portas a três dias feitos de entusiasmo e de cumplicidades. Afinal, na Festa do Jazz estamos todos juntos: os amantes e os praticantes.
A par de tudo o que a Festa do Jazz do São Luiz tem de especial, adiciona-se este ano o espaço dedicado ao Hot Clube. O Hot Clube é marco incontornável na cena jazzística, não só lisboeta como também nacional, e viu-se tristemente destruído em Dezembro passado. A Festa começa assim, a lembrar o Hot Clube pela mão de tantos que por lá passaram.
Bem-vindos à Festa do Jazz do São Luiz.
Jorge Salavisa
Director Artístico do São Luiz Teatro Municipal"
Bernardo Sassetti será uma das presença nesta Festa do Jazz do São Luiz, apresentando ao público o seu mais recente trabalho em trio "Motion"
Improvisando Dowland
Christian Muthspiel Trio
17 de Abril, 22.00h
Casa da Música (Porto)
Christian Muthspiel trombone, piano
Franck Tortiller vibrafone
Georg Breinschmid contrabaixo
A necessidade de ler nas entrelinhas (ou de escrever nas entrelinhas) é uma das características comuns à interpretação de jazz e de música do Renascimento. Nunca está tudo explícito numa partitura, nem sequer a instrumentação é fixa, e o espaço para a improvisação é muito. O austríaco Christian Muthspiel deixou-se fascinar pelos pontos de contacto entre duas formas separadas por quatro séculos e fez uma viagem a uma obra-prima de John Dowland, o ciclo "Lachrimae, or Seaven Teares". As peças inspiradas nos sete tipos diferentes de lágrimas deram assim origem a novas composições que navegam entre a música de câmara e o jazz.
Christian Muthspiel Trio - Air, Love & Vitamins
Nash e Mancini
Ted Nash Quarteto
The Mancini Project
13 de Abril, 21.30h
Grande Auditório da Culturgest (Lisboa)
Saxofones Ted Nash
Piano Frank Kimbrough
Contrabaixo Jay Anderson
Bateria Ali Jackson
Competentíssimo músico de estante e solista de mérito da Lincoln Center Jazz Orchestra, dirigida por Wynton Marsalis, o saxofonista norte-americano Ted Nash está desde há muito apostado numa carreira individual, liderando formações instrumentais de constituição muito diversa para a concretização de projectos musicais próprios e altamente individualizados. Para além disso, foi membro fundador e elemento muito activo do Jazz Composers Collective, um conjunto de músicos radicados em Nova Iorque, todos eles instrumentistas e compositores de primeiro plano e que muito têm contribuído para a renovação do jazz contemporâneo.
Entretanto, o projecto que Ted Nash vai apresentar neste concerto da temporada de jazz da Culturgest distingue-se pela escolha de um repertório que não é da sua autoria mas que saiu da talentosa pena de Henry Mancini, um dos compositores mais importantes e prolíficos do cinema norte-americano, com cerca de duas centenas de filmes no seu activo.
Mancini não deve apenas ser circunscrito à música para o cinema popular ou mais ou menos sofisticado, como a série Pink Panther (iniciada em 1963) ou Breakfast at Tiffany’s (1961) mas ainda como compositor ligado a obras de maior fôlego na história do cinema, como a obra-prima Touch of Evil (Orson Welles, 1958) ou ainda Charade (Stanley Donen, 1963) e The Glass Menagerie (Paul Newman, 1987), para apenas referir estes, ou mesmo a série policial televisiva Peter Gunn, que ficou famosa na passagem dos anos 60 para os anos 70.
Interessante é que a ligação de Ted Nash às partituras de Henry Mancini não é apenas de carácter musical mas também sentimental e familiar, uma vez que o jovem Ted costumava frequentar os estúdios onde essas bandas sonoras eram gravadas, porque das orquestras faziam parte o seu tio e o seu próprio pai.
Enfim, um concerto que pode ser ainda reconfortante para o imaginário e a memória cinematográfica do espectador.
Erik Charlston JazzBrasil Sextet & Ted Nash - Viva o Rio de Janeiro
Agenda Semanal, 12 a 18 de Abril
Segunda-feira, 12 de Abril
21.30h – Teatro Villaret (Lisboa) – Melech Mechaya
Terça-feira, 13 de Abril
19.30h – Casa da Música (Porto) – ESMAE Big Band
21.00h – São Luiz (Lisboa) – Pedro Jóia & Orquestra de Câmara Meridional
21.30h – Culturgest (Lisboa) – Ted Nash Quarteto
22.30h – Ondajazz (Lisboa) – Cícero Lee
Quarta-feira, 14 de Abril
18.00h – FNAC Chiado (Lisboa) – Jorge Moniz Quarteto
21.30h – Jazz ao Norte (Porto) – Sandro Norton Quarteto
Sexta-feira, 16 de Abril
11.00h – Gulbenkian (Lisboa) - Mário Laginha e Orquestra Gulbenkian
19.00h – São Luiz (Lisboa) – Big Band Escola de Jazz Luís Villas-Boas
21.00h – São Luiz (Lisboa) – O Hot em Festa
21.30h – Culturgest (Lisboa) – Carlos Zíngaro, Axel Dorner & Nobert Moslang
21.30h – Cine-teatro de Castro Verde - Rodrigo Leão & Cinema Ensemble
22.00h – Culturgest (Porto) – Bill Orcutt
22.30h – São Luiz (Lisboa) – Septeto do Hot Club de Portugal
23.30h – Teatro Vilaret (Lisboa) – Nicole Eitner
24.00h – São Luiz (Lisboa) – Jam Session
Sábado, 17 de Abril
14.30h – São Luiz (Lisboa) – Combo da Academia Amadores de Música
15.15h – São Luiz (Lisboa) – Combo Escola de Jazz do Barreiro
16.00h – São Luiz (Lisboa) - Gonçalo Prazeres / Ricardo Barriga
16.00h – São Luiz (Lisboa) – Combo Escola JB Jazz
16.45h – São Luiz (Lisboa) – Combo Escola de Jazz do Porto
17.00h – São Luiz (Lisboa) - Jorge Moniz “Deambulações”
17.30h – São Luiz (Lisboa) – Combo Escola de Música Valentim de Carvalho
18.00h – São Luiz (Lisboa) - Demian Cabaud Quarteto
18.15h – São Luiz (Lisboa) – Combo Escola de Jazz Luís Villas-Boas/HCP
19.00h – São Luiz (Lisboa) - Gonçalo Prazeres / Ricardo Barriga
19.00h – São Luiz (Lisboa) - SAXOFÍNIA + BANDA DA ARMADA PORTUGUESA
20.00h – São Luiz (Lisboa) – Nuno Costa Quinteto
20.30h – Casino da Póvoa de Varzim - Sérgio Godinho
21.00h – São Luiz (Lisboa) – Bernardo Sassetti Trio Motion
21.30h – Centro Cultural do Cartaxo - Paulo de Carvalho & Victor Zamora
22.00h – Casa da Música (Porto) - Christian Muthspiel Trio «Dancing Dowland»
22.00h – Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) - Rodrigo Leão & Cinema Ensemble
22.00h – Museu do Chiado (Lisboa) - Bill Orcutt
22.30h – São Luiz (Lisboa) – Júlio Resende International Quartet
24.00h – São Luiz (Lisboa) – Combo da Escola Luís Villas-Boas-HCP 2009
00.30h – Breyner 85 (Porto) - Susana Santos Silva / Kaja Draksler
Domingo, 18 de Abril
14.00h – São Luiz (Lisboa) – Combo da Riff Escola de Música de Aveiro
14.45h – São Luiz (Lisboa) – Combo da Jazz Class Danson
15.30h – São Luiz (Lisboa) – Combo da Escola das Artes de Sines
16.00h – São Luiz (Lisboa) - Gonçalo Prazeres / Ricardo Barriga
16.15h – São Luiz (Lisboa) – Combo da Universidade Lusíada
17.00h – São Luiz (Lisboa) – Trio Gonçalo Marques & Bill McHenry
17.00h – São Luiz (Lisboa) – Combo da Universidade de Évora
17.45h – São Luiz (Lisboa) – Combo da ESML
18.00h – São Luiz (Lisboa) – Alexandre Diniz Quarteto
18.30h – São Luiz (Lisboa) – Combo da ESMAE
19.00h – São Luiz (Lisboa) - Gonçalo Prazeres / Ricardo Barriga
19.00h – São Luiz (Lisboa) – Orquestra de Jazz de Lagos
20.00h – São Luiz (Lisboa) – TETTERAPADEQU
21.00h – São Luiz (Lisboa) – Fernandes, Rende, Pavolka e Rossy
22.30h – São Luiz (Lisboa) – Carlos Bica & Matéria Prima
24.00h – São Luiz (Lisboa) – Ensemble da ESMAE 2009
Labirintos Musicais
Carlos Barretto Lokomotiv
Labirintos
6 de Abril, 21.30h
Cinema São Jorge (Lisboa)
Dia de apresentação do mais recente disco do trio Lokomotiv, liderado por Carlos Barretto, indubitavelmente uma das mais criativas formações do jazz nacional.
Composto por três dos melhores tecnicistas que temos nos respectivos instrumentos, Carlos Barretto no contrabaixo, José Salgueiro na bateria e Mário Delgado na guitarra eléctrica, o lançamento de um novo trabalho deste trio é sempre um acontecimento especial para a comunidade jazzística, até porque há sete anos que o grupo não gravava em conjunto.
Por isso o São Jorge quase encheu para assistir a uma apresentação memorável, essencialmente assente no trabalho Labirintos (apenas foi tocado o tema Radio Song, no encore, do antigo repertório do trio), em que a criatividade e ousadia das composições de Barretto foram brilhantemente interpretadas, fruto do virtuosismo dos músicos envolvidos.
A riqueza rítmica do trabalho de Barretto não tem paralelo no universo jazzístico nacional, brilhantemente complementada pelos enormes recursos na percussão de José Salgueiro, sem dúvida alguma, um dos mais completos músicos no seu instrumento que pisam os palcos portugueses.
Ao seu estilo inconfundível Mário Delgado completa o trio com a sua panóplia de sons e efeitos extraídos da guitarra eléctrica, num exercício de pura liberdade criativa e ousadia melódica.
Lokomotiv é assim um projecto que se afirma, em cada trabalho, como um estilo próprio de música improvisada, que ultrapassa qualificações e géneros. Uma experimentação constante, um desafio permanente à inspiração dos músicos e aos sentidos dos ouvintes. Um labirinto de sons onde vale a pena perder-se a cada tema e a cada nova audição.
Se outras virtudes não tivesse, esta apresentação serviria ainda para desmentir categoricamente a ideia pré-concebida de que a música contemporânea improvisada, fora dos cânones do jazz tradicional, é fria e cerebral, chata e comprida usando o jargão popular, música para intelectuais.
Nas mãos destes músicos improvisação é sinónimo de ritmo, de entrega e de criatividade. A prová-lo esteve a adesão incondicional do público, demonstrativa de que a música é verdadeiramente universal, sobretudo quando tocada com a honestidade e ousadia deste trio Lokomotiv.
E foi sintomática a presença no público de muitos músicos, oriundos dos mais variados géneros músicas, a aplaudirem reconhecidamente o talento de Barretto e dos seus pares.
E a fechar a festa ouve ainda tempo para o convívio salutar no bar e varanda do São Jorge, temporariamente transformado num sucedâneo do pátio do já saudoso Hot Club.
O trio vai agora percorrer o país na apresentação do seu novo trabalho, seguindo-se já no próximo dia 29 de Abril, um concerto no Porto no Teatro Helena Sá e Costa.
A não perder!
Festival TOAP, Dia 1
Festival TOAP
2 de Abril de 2010, 22.30h
LX Factory (Lisboa)
Fundada em 2001 e liderada pelos irmãos Fernandes (André e Alex), a Tone of a Pitch tornou-se, em pouco tempo, um símbolo do jazz contemporâneo nacional.
Apostando claramente na originalidade da nova geração de músicos de jazz, saídos das diversas escolas do país e do estrangeiro, a TOAP ganhou o respeito e admiração da comunidade jazzistica pelo modo como soube apostar na qualidade e honestidade dos trabalhos que lhe foram apresentados, independentemente do seu potencial comercial.
A colaboração iniciada com a Orquestra de Jazz de Matosinhos permitiu-lhe alargar os horizontes, acrescentando ao seu portfolio músicos de reputação internacional como Joshua Redman, Mark Turner ou Chris Cheek a acrescentar a outros que já gravaram para a editora portuguesa como Dan Weiss, Julian Arguelles ou Akiko Pavolka.
É pois com particular agrado que assistimos à primeira edição do Festival TOAP, em Lisboa, na qual desfilaram seis projectos musicais nacionais de reconhecida qualidade, apostas seguras da editora, liderados respectivamente por Bruno Santos, Nuno Costa, Nelson Cascais, André Fernandes, Demian Cabaud e Jeff Davis.
No primeiro dia do festival actuaram os três primeiros.
Bruno Santos é um dos mais originais guitarristas portugueses, com o seu estilo personalizado e intimista, um rendilhado de emoções que por vezes parece uma desconstrução da bossanova. Baseou a sua apresentação no disco Trioangular, mas houve tempo ainda para ouvir alguns temas novos, superiormente acompanhados pelo rigor de Bernardo Moreira e Bruno Pedroso.
Nuno Costa, outro dos excelentes guitarristas da nova geração do jazz português, apresentou o seu trabalho (…) reticências entre parênteses, na companhia da mesma equipa que levou ao Festival Jazz.pt no passado Verão nos jardins do Hot: sem os nortenhos João Guimarães e Marcos Cavaleiro que o acompanham no disco e com o trompetista João Moreira e o baterista André Machado a substituí-los. O resultado foi semelhante ao que aqui comentei a propósito do Festival da simpática revista coimbrã: um jazz mais intimista, mais cinemático, mais ambiental até, por oposição à vertente mais bopista introduzida no disco pelo saxofonista da Orquestra de Jazz de Matosinhos.
Finalmente o contrabaixista Nelson Cascais apresentou o seu novo projecto, Nelson Cascais e os Cossacos, ainda sem edição em disco, também ele desfalcado de uma peça importante, o pianista Bernardo Sassetti apesar de programado não esteve presente e foi substituído pelo teclista Óscar Graça, membro do quinteto de Nuno Costa. Sem ponto de comparação com o contributo de Sassetti (foi a primeira vez que ouvi este novo projecto de Nelson Cascais) abstenho-me de tecer grandes considerações sobre as alterações introduzidas. Apenas refiro que se trata de dois músicos de estilo particularmente diferente, abstracto e ambiental com um toque de romantismo Bernardo Sassetti em contraste com o puro groove e forte paixão pela electrónica de Óscar da Graça. Não admira pois que o quinteto tenha soado acentuadamente eléctrico, fruto não só do Rhodes entregue a Graça mas também do timbre característico da guitarra de André Fernandes, e ritmado, numa condução segura do compositor e do baterista Marcos Cavaleiro, numa partilha constante do protagonismo entre o saxofone de Pedro Moreira e as já citadas guitarra e Fender Rhodes. Um projecto de inegável qualidade a redescobrir no futuro.
Resta pois dar os parabéns à TOAP e aos irmãos Fernandes, pelos 9 anos de vida da sua editora e por este novel festival, e esperar que esta tenha sido a primeira de muitas edições do Festival TOAP, com um catálogo cada vez mais alargado de músicos e estilos musicais, dentro, claro está, do universo da música improvisada que lhe serve de mote.
Nelson Cascais Quinteto - Sexta-feira 13
sexta-feira, 9 de abril de 2010
A Tentação do Jazz
Mário Laginha
com Orquestra Gulbenkian
16 e 17 Abril – Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa
Dia 16 às 11h00 e 19h0; Dia 17 às 17h00
Maestro – Cesário Costa
Piano – Mário Laginha
Sax Alto Jorge Reis
Trompete João Moreira
Sax Tenor Pedro Moreira
Bateria Alexandre Frazão
Contrabaixo Bernardo Moreira
George Gershwin começa por ter sucesso como autor de grandes canções para a Broadway, mas sonha com uma música erudita americana baseada no universo sonoro do Jazz. Duke Ellington é um dos maiores mestres de sempre do Jazz, mas sabe como ninguém dominar a linguagem própria da orquestra clássica. Gunther Schuller é um compositor de formação clássica, mas deixa-se fascinar pela tentação do Jazz. Três caminhos cruzados que furam as falsas barreiras entre os estilos musicais.
Programa:
1.ª parte
Gunther Schuller - Journey into Jazz;
George Gershwin - Rhapsody in Blue;
2.ª parte
Duke Ellington
Ellington Portrait (arr. de Jeff Tyzik)
Concerto para Orquestra e Quarteto de Jazz
domingo, 4 de abril de 2010
Maria Anadon Latin Quartet no Ondajazz
Maria Anadon “Latin Jazz Quartet”
10 de Abril, 22.30h
Ondajazz (Lisboa)
Maria Anadom é hoje uma das mais experientes e conceituadas cantoras do jazz nacional e irá apresentar o seu mais recente projecto, um quarteto latino acompanhada pelo pianista Victor Zamora, pelo contrabaixista Nelson Cascais e pelo baterista Marcelo Araújo, no Ondajazz em Lisboa.
O jazz latino é ainda uma das vertentes menos exploradas do jazz nacional, o que não deixa de ser surpreendente, atendendo à íntima ligação histórica existente entre a cultura lusitana e as oriundas dos países da América do Sul.
Maria Anadom propõe-se recuperar velhos standards do jazz latino, acompanhada pelo excelente pianista cubano Victor Zamora, no que se prevê ser uma apresentação memorável.
Maria Anadom e Maria Viana - Vozes 3
Dee Dee Bridgewater leva Billie Holiday ao Porto
Dee Dee Bridgewater
To Billie With Love - A Celebration of "Lady Day"
6 de Abril, 22.00h
Casa da Música (Porto)
A personagem da lendária Billie Holiday foi já encarnada no passado por Dee Dee Bridgewater nos palcos do teatro. Desde então muito tem corrido na carreira da cantora, que se move tão à vontade no repertório americano como na canção francesa, no teatro musical e no regresso às origens africanas do jazz. Dee Dee Bridgewater é antes de mais uma exploradora, que não receia os caminhos mais arriscados e se afirma como a principal herdeira das vozes históricas do jazz. O novo álbum volta-se para as canções imortalizadas por Billie Holiday e assinala os 50 anos desde o seu desaparecimento prematuro.
Dee Dee Bridgewater canta Billie Holiday
Dee Dee Bdidgewater & Italian Big Band - Lady Be Good
Jazz em Minde
Jazz Minde 2010
VI festival de Jazz de Minde
3 a 11 de Abril
Casa do Povo de Minde
O FESTIVAL DE JAZZ DE MINDE é um projecto que visa divulgar a música e estimular a cultura.
Um evento de reconhecido planeamento artístico que prestigia a música e honra o povo de Minde.
Uma organização da JazzMinde que vai já na sexta edição e que conta com o apoio do Município de Alcanena e de várias outras instituições locais.
Programa:
8 de Abril – Dixieland
21.30h – Alcanena - Xaral’s Dixie e Dixie Boys
9 de Abril – Blues
22.00h – Minde – Stone Pony e Funkoffandfly
10 de Abril – Jazz
22.00h – Minde – A. Tarara, Adriana Miki e Benny Lackner
11 de Abril – Big Jazz
22.00h – Minde – The Lucky Duckies, Xaral’s Band (com a participação dos coros de câmara e polifónico do CAORG)
Benny Lackner Trio, com Nelson Cascais e Mathieu Chazarenc – Let it Die (Hot Club, 2008)
Agenda Semanal, 5 a 11 de Abril
Terça, 6 de Abril
21.30h – Cinema São Jorge (Lisboa) – Carlos Barretto Lokomotiv
22.00h – Casa da Música (Porto) – Dee Dee Bridgewater
22.30h – Ondajazz (Lisboa) – Cicero Lee
Quarta, 7 de Abril
21.30h – Cinema São Jorge (Lisboa) – Maria de Medeiros
21.30h – Culturgest (Lisboa) – Red Trio & John Butcher
Quinta, 8 de Abril
21.30h – Livraria Trama (Lisboa) – Gonçalo Prazeres
21.30h – Auditório Municipal de Gaia – Maria de Medeiros
21.45h – Cine Teatro São Pedro (Alcanena) – Xaral’s Dixie
22.00h – Centro Artes (Portalegre) – Red Trio & John Butcher
22.15h – Cine Teatro São Pedro (Alcanena) – Dixie Boys
22.30h – Ondajazz (Lisboa) – Jorge Moniz “Deambulações”
Sexta, 9 de Abril
21.30h – Espaço Nimas (Lisboa) – Dan Hewson Quartet
21.30h – Centro Cultural de Lagos – Jazz com Todos
21.30h – Auditório Ruy de Carvalho (Carnaxide) – António Pinho Vargas
22.00h – Casa do Povo de Minde – Stone Pony
22.00h – Serralves (Porto) – Red Trio + John Butcher
22.30h – Contrabaixo (Mira) – Maria João “As aventuras amorosas das abelhas”
22.30h – Ondajazz (Lisboa) – Nelson Cascais Ensemble
22.30h – Braço de Prata (Lisboa) – Júlio Resende e convidados
23.00h – Bafo de Baco (Loulé) – Dixie Boys
23.15h – Casa do Povo de Minde - Funkoffandfly
23.30h – Teatro Vilaret (Lisboa) – Nicole Eitner
24.00h – Braço de Prata (Lisboa) – Quarteto José Menezes
Sábado, 10 de Abril
21.30h – Cine-teatro de Alcobaça – Rodrigo Leão e Cinema Ensemble
21.30h – Teatro Helena Sá e Costa (Porto) – Saxacordeon
21.30h – Casa da Cultura de Rio Maior – Júlio Pereira
21.30h – Teatro Ribeiro Conceição (Lamego) – Sérgio Godinho
22.00h – FNAC (Braga) – Budda Power Blues
22.00h – Cine Teatro Estarreja – Danças Ocultas
22.00h – Auditório Ruy de Carvalho (Carnaxide) – Red Trio + John Butcher
22.00h – Casa do Povo de Minde – A. Tarara
22.00h – Centro Cultural do Entroncamento – Miguel Amado
22.00h – Braço de Prata (Lisboa) - Ogre
22.30h – Ondajazz (Lisboa) – Maria Anadom Quarteto
22.30h – Casa do Povo de Minde – Adriana Miki
23.45h – Casa do Povo de Minde – Benny Lackner
24.00h – Braço de Prata (Lisboa) – Bossa e outras novas
01.00h – Zé dos Bois (Lisboa) – Sei Miguel Unit Core
Domingo, 11 de Abril
17.00h – FNAC (Albufeira) – Dixie Boys
17.00h – FNAC (Almada) – Fernando Girão
21.30h – Casa do Povo de Minde – The Lucky Duckies
22.00h – Casa da Música (Porto) – OJM, Carla Bley e Steve Swallow
22.00h – Braço de Prata (Lisboa) – Hugo Antunes Trio
22.45h – Casa do Povo de Minde – Xaral’s Band
sábado, 3 de abril de 2010
Corey Harris Regressa a Portugal Para os Dias da Música
Corey Harris
24 de Abril, 22.00h, Sala Fernando Pessoa, CCB (Lisboa)
25 de Abril, 13.00h, Sala Fernando Pessoa, CCB (Lisboa)
O americano Corey Harris é famoso por ser um dos poucos músicos capaz de extraír emoções directamente das raízes mais genuínas do blues. Ainda assim, é também capaz de beber influências a New Orleans e às Caraíbas.
Para este concerto, terá liberdade total, só ele é que sabe o que vai tocar.
Atendendo às reconhecidas qualidades de Harris, capaz de comunicar, como poucos, com o público, sobretudo quando actua a solo e puxa pelo seu enorme repertório e conhecimentos da história da música negra americana, será seguramente um concerto memorável.
A não perder por todos os apaixonados pelo blues.
Corey Harris - Pony Blues
Carla Bley Dirige a OJM
Orquestra Jazz de Matosinhos
Convida Carla Bley
11 de Abril, 22.00h
Casa da Música (Porto)
Carla Bley volta a dirigir a Orquestra Jazz de Matosinhos no Porto, sete anos depois da participação no "Festival em Obra Aberta" que antecedeu a abertura da Casa da Música. O regresso ao Porto de uma das mais carismáticas compositoras e directoras de big band traz igualmente o baixista Steve Swallow, músico com quem cultiva uma colaboração que dura há mais de vinte anos.
Um espectáculo a não perder!
Carla Bley & Steve Swallow - Lawns
sexta-feira, 2 de abril de 2010
At the Alfama Jazz Band Ball
Desbundixie + Filipe Melo
27 de Março de 2010, 22.30h
Ondajazz (Lisboa)
A simpática banda leiriense de dixieland veio até Lisboa para uma apresentação no clube de jazz de Alfama, trazendo consigo a alegria e a empatia que caracterizam o género e os jovens músicos que compõem o grupo. Acompanhados do pianista Filipe Melo apresentaram, perante uma casa cheia, o seu mais recente repertório incluído no disco Up to Nine, editado no final de 2009 e que conta também com a participação da cantora Maria João em dois temas (Baby, Won’t You Please Come Home? e What a Wonderful World) e também alguns temas do disco anterior, Kick’n Blow, editado em 2007.
À falta da cantora as despesas vocais da apresentação ficaram por conta do jovem Pedro Santos e do seu inconfundível timbre de voz, que acumulou com o bandolim.
Nem a falta do tubista Daniel Marques, substituído por Gil Gonçalves nesse estranho mas imprescindível instrumento que no dixieland faz as vezes do contrabaixo, diminuiu a apresentação. Pelo contrário a equipa mostrou-se coesa, bem oleada e capaz de enriquecer a sua música com interessantes improvisações a cargo de todos, mas particularmente notáveis nos irmãos Cardoso, responsáveis pelo saxofone e clarinete.
A Desbundixie propõe-se recuperar a tradição pioneira do jazz de New Orleans, tal como foi apresentada pela Original Dixieland Jazz Band de Dominick James La Rocca, quando em 1917, pela primeira vez, gravou um disco de jazz, Livery Stable Blues, que deu o nome ao género e o pôs nas bocas do mundo.
Aliás, vários temas de La Rocca integram o repertório da banda, como At the Jazz Band Ball, Fidgety Feet ou The Original Dixieland One Step.
Ouvir a Desbundixie é assim desfrutar de uma aula de história do jazz e, garanto-vos, pouca vezes uma aula foi tão agradável de ouvir.
O novo trabalho discográfico do grupo alterna algumas composições mais recentes, como What a Wonderful World ou Georgia on my Mind (esta na verdade é de 1930, mas foi a partir dos anos 60, com as versões de Ray Charles ou Willie Nelson, que entrou no imaginário colectivo), com o cancioneiro Dixieland, talvez como homenagem ao grande Louis Armstrong, o mais representativo músico do jazz de New Orleans em todo o séc. XX, que serve igualmente de desafio para os dotes vocais de Maria João melhor se integrarem na estética musical do grupo.
O resultado é amplamente positivo e recomenda-se.
Um projecto meritório que segue agora para concertos na região centro (Leiria, Monte Real, Fonte do Oleiro e Porto de Mós estão na agenda do mês de Abril).
Não percam.
At the Jazz Band Ball, ao vivo na FNAC
What a Wonderful World, com Maria João
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Recital a Solo
Fred Hersch
Recital a solo
26 de Março de 2010, 21.30h
Grande Auditório da Culturgest (Lisboa)
Fred Hersch é um dos mais brilhantes músicos da sua geração, sideman, desde a década de 70, de alguns notáveis do jazz, como Joe Henderson, Art Farmer ou Stan Getz, e líder dos seus próprios e variados projectos desde então, que lhe valeram um Guggenheim Memorial Fellowship e três nomeações para os Grammy.
Pianista e compositor exímio, marcou também através de parcerias memoráveis com músicos como Christopher O’Riley, Bill Frisell, Toots Thielemans ou Charlie Haden.
Mas foi a solo que ganhou, talvez, maior projecção, sendo notáveis as suas gravações de originais e ainda as dedicadas a compositores consagrados como Cole Porter, Billy Strayhorn, Jonhnny Mandel, Thelonious Monk ou António Carlos Jobim.
Foi precisamente um vislumbre deste vasto e riquíssimo repertório que nos foi apresentado neste recital, no grande auditório da Culturgest. Com tanto material a solo, gravado e arranjado, Hersch limitou-se a deixar-se levar, ao sabor dele, intercalando originais com temas clássicos de Jobim, Monk ou Powell.
Tecnicamente soberbo, foi no entanto contido, num estilo característico que assenta perfeitamente no título encontrado para a apresentação. Lírico e preciosista, mais do que empolgante, Hersch demorou a conquistar o público, o que aliás só sucedeu em dois temas bopistas, quando parafraseou o génio de Thelonious Monk e Bud Powell.
De resto foi uma noite morna, embalada pelo impressionismo nostálgico das suas composições.
É o risco inerente às apresentações a solo e, mais do que isso, da transformação do jazz num recital de piano. O jazz é muito mais do que isso. É vida, é sangue que corre nas veias, é ritmo, quer se dance, quer não. Por isso sente-se muito melhor nos bares e nos clubes, do que nas salas de concerto.
Assim, o pianista legou-nos um híbrido.
Muito bem tocado é certo, mas nem foi carne, nem peixe.
Fred Hersch – Let Yourself Go (trailer)
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